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O DIREITO DE NÃO SER INCOMODADO


  13 de agosto de 2020

O DIREITO DE NÃO SER INCOMODADO

                                                                                  José Carlos Buch

Não resta dúvida que a internet é uma ferramenta fantástica para consulta, pesquisas e principalmente a comunicação. A sua importância nos dias atuais talvez só não é maior que a do celular com o qual é possível usar tal ferramenta e tantos outros aplicativos. Afora os riscos dos hackers que a utilizam para aplicar golpes e invadir sistemas e contas pessoais, ninguém hoje pode se privar da internet. Ela passou a ter mais importância ainda nesses momentos pandemia. Tem sido utilizada para o trabalho remoto dos profissionais administrativos que executam suas atividades e tarefas de pijama sem sair de casa; tem sido muito útil nas aulas virtuais que praticamente todas as escolas tiveram que passar a utilizar, inclusive, as públicas; tem sido amplamente empregada nas compras através das lojas virtuais fazendo crescer exponencialmente o segmento de  ecommerce, mas também tem servido como indispensável meio eletrônico para movimentar e pagar contas e realização de inúmeras operações bancárias. Então, desnecessário dizer dos inúmeros benefícios que essa ferramenta proporciona no mundo de hoje, tornando-se quase impossível viver sem ela. Mas, tem um tal de algoritmo que enche o saco, pra falar o português claro. Há alguns dias pesquisei sobre um determinado produto na internet como qualquer um faz. A partir de então é só acessar qualquer site através do Google que ofertas desse produto vem sistematicamente e incansavelmente na tela do vídeo como que dizendo “você me procurou,  agora tem que me comprar”. E, pela experiência essa aporrinhação (vocábulo feio!) vai permanecer por dias até que, uma vez  consultando outro produto, este passa a ser a bola da vez e assim sucessivamente. E, se você acha que é por acaso que isso acontece é ledo engano, pois as empresas pagam caro para o produto, uma vez consultado,  aparecer a cada novo acesso ao Google. Quanto mais a empresa investe, maior o número de aparições.  Esse é o preço que se paga para se ter  acesso “gratuito” à internet e aos benefícios que ela proporciona. Outra aporrinhação que precisa ser coibida ou então disciplinada pelos nossos governantes,  diz respeito às ligações feitas através de robôs que à  profusão vem sendo utilizados nos serviços de telemarketing.  São inúmeras ligações de códigos de áreas mais variados e também do 17,  nos horários mais inconvenientes, oferecendo empréstimo consignado ou mesmo prometendo diminuir a parcela do seu empréstimo mediante portabilidade. São os  intitulados “representantes” e “consultoras financeiras” que o chamam pelo nome como se o conhecesse, sem contar as inúmeras vezes que a ligação cai mesmo antes de você atender.  E mais, se você deixa de atender no celular, imediatamente a chamada é feita no fixo e vice-versa. Um pé no saco!!! Isso está tão recorrente e ao mesmo tempo tão inconveniente que o site de bloqueio não consegue impedir tamanho desmando e  abusividade. Só tem um jeito de acabar com essa insensatez – obrigatoriedade de cadastro das empresas de telemarketing junto às operadores e estas teriam que criar um banco de dados para os usuários que não querem  ser incomodados. Uma vez desrespeitado esse bloqueio a empresa de telemarketing responderia judicialmente por perturbar o sossego e violar o direito daquele que não quer se incomodado. Xô ligações inconvenientes!!!                                   

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