Blog
Home      Blog
  6 de julho de 2021

E SE…


E SE…

                                                                  José Carlos Buch

É possível que você leitor,  a exemplo de muitas outras pessoas que não lerão este artigo, tenha se perguntado um dia – e se….? É bem verdade que o “se” que ilustra o  título do artigo,  quando estudado à luz da morfologia e da sintaxe, pode ter distintas funções, levando-se em consideração o contexto em que se encontra inserido. Pode ser substantivo, conjunção e até pronome, mas no caso o “se”  se enquadra no time da “conjunção subordinativa condicional”, nomenclatura complicada para definir um vocábulo composto de apenas uma consoante e uma vogal, não é mesmo? Mas, por essa leitura o “se” estabelece um sentido de condição, podendo equivaler-se a “caso não”.  Feitas estas perfunctórias digressões e observações gramaticais, vamos lembrar alguns episódios onde o “se” faria enorme diferença na vida das pessoas e principalmente na história: E se o nosso país fosse colonizado por espanhóis, como toda a América Latina o foi ou por Ingleses e Irlandeses, como foram os EUA? E se não existisse Santa Rita do Passa Quatro, existiria Zequinha de Abreu, autor do clássico universal “Tico-tico no fubá”? E se o Cartola não fosse carioca e não gostasse de samba, existiria a música que é uma verdadeira poesia “As rosas não falam”? E  se aquela  boate de Apucarana não tivesse fechado pela morte do Papa João  XXIII, em 03 de junho de 1963, será que o compositor Benedito Seviéro, teria outra inspiração para compor “Boate Azul”? E se as bombas que atingiram, em agosto de 1945,   Nagazaki e Hiroshima,  tivessem falhado ou caído no mar? E se o Pelé tivesse convertido em gol aquela jogada em que ele engana o goleiro e a bola caprichosamente passa rente a trave? Do mesmo Pelé, e se aquela bola chutada do meio de campo tivesse entrado? E se o goleiro da Chapecoense não tivesse defendido aquela bola quase indefensável no jogo que garantiu o empate de 1×1 contra o San Lorenzo,  na semifinal da Copa Sul Americana? E se o Roberto Baggio não tivesse perdido aquele pênalti  em Los Angeles, no dia 17 de julho de 1994, que permitiu ao Brasil, após 24 anos de jejum,  tornar-se tetracampeão mundial de futebol?  E  se o presidente Kenedy  tivesse repentinamente se movimentado e a bala que o matou não o atingisse? E  se Carlos, o Chacal, retratado no filme, “O dia do Chacal”,  tivesse conseguido disparar o projetil que se encontrava na mira contra a cabeça do General Charles de Gualle? E  se Hitler tivesse sido alvejado pela polícia em Munique na sua primeira tentativa frustrada de golpe liderando o partido nazista, contra o governo da região alemã da Baviera, em 9 de novembro de 1923?  E  se o Supremo Tribunal Federal não tivesse decidido contra a prisão em segunda instância? E se o PT não tivesse roubado e enganado tanto, como seria hoje o país? E se a barra da direção do carro do Ayrton Senna não tivesse quebrado na curva do Tamburello em Ímola, na Itália,  em 1º de maio de 1994? E se você tivesse chutado letra “c”(c de certo) e não “e”(e de errado),  naquela  única questão que faltou para sua aprovação num concurso importante que mudaria o rumo da sua vida? E se você tivesse subido no estribo do cavalo da sorte quando ele passou na sua porta e você o ignorou? E se você tivesse nascido mulher e não homem  e vice-versa?  E  se você fosse o autor de uma música de enorme sucesso no mundo  ou de um livro que se tornaria best seller em vários países? E se você não mais esperasse das pessoas aquilo que você quer que elas sejam? E se você passasse a ser inteiramente você mesmo e não aquilo que as pessoas querem que seja? E se você não tivesse pisado fundo no breque ou desviado daquele obstáculo a 120 km/hora? E se você tivesse acreditado na sua intuição e apostado naquele número que lhe surgiu em sonho e que foi o premiado?  E se você tivesse escolhido outra profissão quando teve a chance de optar? E se você …, bem,  em inúmeras situações no curso da história e mesmo na vida de cada um de nós, o “se” deve ter sido invocado. O “se” não explica e nem responde, mas permite imaginar quão diferente seriam as coisas se ele não fosse apenas uma conjunção condicional e se(olha ele aí de novo) o ser humano fosse dotado da  capacidade de comparar e prever como seriam as duas situações,  com e sem o “se”.   Como isso não é possível,  apesar do avanço da inteligência artificial,  o “se” continuará sendo esse diminuto vocábulo, que é  muito mais dúvida  do que resposta e sabe porque? Porque na maioria das vezes a resposta está dentro de nós e, preferimos usar sempre o “se” para tentar explicar ou indagar os insucessos do  passado, quando melhor seria usá-lo afortunadamente para errar menos no futuro, medindo os prós e os contras antes de uma tomada de decisão importante. Então,  aprenda a usar o “se” antes para não ter que usá-lo depois, e isso é um aprendizado.         

                                                        www.buchadvocacia.com.br

                                                        buch@buchadvocacia.com.br

VEJA TAMBÉM:
10 de abril de 2024
FRASES QUE DIZEM MUITO – PARTE XII
26 de março de 2024
CRIME DA MALA, A VERDADEIRA HISTÓRIA
27 de fevereiro de 2024
FRASES QUE DIZEM MUITO – PARTE XI
19 de fevereiro de 2024
ANEDOTAS DE ADVOGADO
23 de janeiro de 2024
OS IRMÃOS QUE QUASE FICARAM MILIONÁRIOS
20 de janeiro de 2024
FIQUE DE OLHO NO TICKET

Solicite uma reunião com nossos
advogados especialistas:

Desenvolvido por BCS Desenvolvimento
Abrir bate-papo
Olá
Podemos ajudá-lo?