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  31 de dezembro de 1969

SOMOS IMBECÍS?


SOMOS IMBECÍS?                                                                  
José Carlos Buch

Segundo dicionário eletrônico Aurélio – “IMBECÍL =  idiota, tolo,   covarde, pusilânime,  estúpido”. Isso é o que somos, ou melhor, é o que nos fazem ser por não poucos incontáveis vivaldinos que impunemente transgridem regras, vilipendiam  leis e o que é pior, atropelam os mais comezinhos princípios sociais e de urbanidade. Para esses, nós que pagamos impostos absurdos recebendo em troca, como paga, escândalos e mais escândalos em todas as esferas políticas(de vereador a senador, passando pelos deputados, prefeitos e até governadores) e um serviço público abaixo do tolerável, não passamos de autênticos imbecís e quiçá verdadeiros otários. Alguns exemplos melhor explicam como a grande maioria dos brasileiros é vista dessa forma.  Nas rodovias aqueles que se atrevem a trafegar na faixa da esquerda respeitando a velocidade máxima estabelecida, correm o risco de serem  atropelados ou achincalhados pelos espertinhos que, só respeitam as placas quando se aproximam dos radares eletrônicos ou bases da polícia, estas quando não desertas. Nas filas de cinema, teatro jogos de futebol e outros espetáculos,  o vivaldino também bate o ponto, sempre encontrando algum amigo próximo do guichê para quebrar um galhinho comprando o ingresso ou mesmo permitindo descaradamente que a fila seja furada, fazendo de besta os que pacientemente esperam pela sua vez. Falando em fila, já passou da hora das nossas instituições financeiras destinarem uns trocados dos seus polpudos lucros para melhorar o atendimento do público que ainda amarga horas e horas em pé em longas filas. Na inter-relação pessoal é comum também sermos rotulados de imbecís. Que o digam os  livros, artigos escritos e mesmo aparelhos e ferramentas que, uma vez confiados a pessoas do nosso relacionamento,  nunca mais retornaram.     Nos órgãos públicos, então nem se fala. Dignidade é termo pejorativo e o contribuinte é, salvo exceções,  tratado com desdém e desprezo. O servidor público dá prioridade em comentar com o(a) colega ao lado sobre o capítulo da novela ou mesmo o resultado do jogo de futebol, pouco se importando com àqueles que aguardam atendimento no balcão. Muitos protestam mas, pouco adianta, pois esse desrespeito já está incorporado ao modus operandi nacional num país onde o “jeitinho” deixou de ser exceção para ser regra geral. Obter a restituição de  tributo indevido então exige do contribuinte um saco de paciência e, no mínimo,  uma década de tolerância. Depois de mais de dez anos de demora finalmente o contribuinte é contemplado com a  decisão judicial definitiva(trânsito em julgado). Quando imagina que poderá botar a mão no sagrado dinheiro que lhe pertence, começa um outro périplo. Se for compensação, a Receita impõe seja o crédito habilitado. Se for repetição(restituição) do indébito e, se o valor for  superior a 60 salários, o Estado tem dez anos para pagar. Por tudo isso e muitas outras situações que nos deparamos no dia-a-dia, podemos concluir que, para muitos e, s.m.j., para o próprio Estado, todo cidadão brasileiro honesto é antes de tudo um imbecíl. 

advogado tributário

www.buchadvocacia.com.br   

colaborador do Notícia da Manhã

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