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TIMGANEI


  14 de outubro de 2011

TIMGANEI

                                                                 José Carlos Buch

Não é de hoje que as operadoras de celulares figuram entre as campeãs de reclamações por desrespeitarem princípios básicos do direito do consumidor.  Segundo  pesquisa divulgada pelo PROCON-SP em 2010, a TIM aparece em 6º lugar no ranking  de reclamações, cuja lista é liderada pela Telefonica. Curioso que, numa amostragem de 574 reclamações, a TIM atendeu somente 304, restando 270 não atendidas, ou seja, 47% não tiveram resposta.  Por conta disso rola no Orkut duas comunidades “Eu Odeio a TIM(mto)” e TIMGANEI, respectivamente com 4.646 e 4.519 integrantes. É claro que CLARO(não se trata de pleonasmo) e VIVO, também estão entre as primeiras da lista, mas a TIM deveria mudar o slogan da sua campanha publicitária de “você, sem fronteiras” que nasceu “viver sem fronteiras”,  para “enganando, sem fronteiras”. Mas vamos aos fatos. Como cliente da TIM há quase uma década e,  como sempre fazemos quando viajamos ao exterior compramos um pacote de home internacional que permite 50 minutos de uso ao preço de R$199,00. Não é pelo custo, nitidamente muito mais caro que a tarifa oferecida pela Embratel, mas, sobretudo pela facilidade de se comunicar sem precisar recorrer a um telefone fixo ou mesmo “orelhão”. Registre-se que o preço da facilidade se torna mais caro ainda, por conta de não ter como monitorar os minutos usados que somente são conhecidos quando chega a conta, invariavelmente com valor  excedente cobrado.  Na última viagem à Argentina no mês de julho, não foi diferente e lá fomos nós comprar o dito pacote que, como das vezes anteriores, segundo a atendente compreendia também a internet. Aí começou o nosso périplo. Em algumas oportunidades foi tentamos comprar ingressos para o jogo do Brasil x Equador pela internet. Não é preciso dizer que, apesar da insistência, a comunicação não se concretizou uma única vez,  pela péssima qualidade do (de)serviço oferecido. Contudo, em dado momento a TIM  comunicou que a conta de internet já ultrapassava a R$2.000,00 e que sugeria, caso não quisesse dispor mais do “serviço” para desativar o sistema. Perplexo, a desativação foi feita de imediato. Ato continuou, foi aberta uma reclamação no Brasil comunicando o fato do possível engano e não reconhecendo o débito. Retornando da viagem, novas comunicações foram feitas até que surgiu a conta no valor de mais de R$2.400,00. Aí começou o primeiro capítulo de um logo périplo. Foram quase duas dezenas de protocolos abertos em mais de um mês e meio, sem solução o que nos obrigou a comunicar à ANATEL que informou que a operadora teria cinco dias úteis para solucionar o caso. Realmente, no quinto dia útil, após o horário das 20:00 horas e, quase no apagar das luzes, a TIM comunicou que havia um pequeno erro na cobrança de R$30,00 e que o pacote comprado de 50 minutos não contemplava a internet. Portanto, a conta pelo (de) serviço deveria ser paga se choro nem vela.   Sem outra alternativa, concordamos em pagar a fatura e informamos que iríamos buscar o nosso direito na justiça. Não é preciso dizer que apesar da conta de setembro ter sido paga, a TIM bloqueou o serviço e, de uma hora para outra e o telefone transformou-se em “pai de santo”.  Mas, aí começou o segundo capítulo da fatídico  périplo. Inúmeros outros contatos foram feitos, cada um gerando um número de protocolo diferente. Neles fomos   informados que estavam enviando a conta retificada pela internet, a verdade é que a conta nunca chegou. Depois de uma dúzia de protocolos, finalmente informaram um elenco de números extensos que diziam tratar-se do código de barras e que permitiriam o pagamento da indigitada fatura. Realmente funcionou, porém o valor informando pelo Bradesco não contemplava o erro reconhecido de R$30,00. Sem outra opção, apesar da manifesta perda de tempo e dinheiro, o pagamento foi feito e, aproveitamos para pagar também a conta vincenda em outubro,  comprando assim a liberdade de realmente viver sem fronteira,  conquistar a independência para fazer a portabilidade para migrar para outra operadora e ajuizar a ação. É preciso lembrar que cópia da gravação da contratação do serviço e outras das reclamações e informações desencontradas foram solicitadas e até o momento não entregues e, tudo leva a crer só as entregarão em juízo. Resumo da ópera: Quem  quiser ter bastante aborrecimentos e viver alguns momentos inesquecíveis de raiva e impotência, contratar os serviços da operadora TIM. Quem sabe a TIM consegue, tal como ocorreu no episódio narrado,  usar da mesma má-fé e, infortunadamente perpassar a fronteira do limite de paciência e tolerância. A TIM deve estar fazendo tim-tim para mais uma de suas vítimas. Quem se habilita a ser a próxima?

                                                         advogado tributário

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