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ACIC, ACE – A SIGLA NÃO IMPORTA


  31 de dezembro de 1969

 ACIC, ACE – A SIGLA NÃO IMPORTA                                                                                                                                                                               José Carlos Buch

A Associação Comercial e Empresarial de Catanduva, mais conhecida como ACE, outrora ACIC,  completará no dia 10 de agosto,  setenta e oito anos de existência e, no próximo dia 18 estará empossando, em sessão solene, o seu trigésimo terceiro presidente – o empresário Germano Braga Bianchini. Reconhecidamente a mais antiga entidade de classe da cidade, a ACE conseguiu, nessas quase oito décadas de existência, conquistar o respeito e a credibilidade que a colocam num lugar de destaque na história da cidade. Assim, impossível contar a história de Catanduva sem ressaltar a participação e  o papel da ACE na vida dessa cidade. É por isso que certa feita alguém disse que a história da ACE se confunde com a própria história de Catanduva. Como é impossível neste espaço elencar todos os fatos marcantes que fazem a história da ACE, vamos destacar alguns pela importância e até mesmo pela curiosidade. A assembléia de fundação da ACE, então Associação Comercial Industrial e Agrícola de Catanduva realizou-se no dia 24 de agosto de 1.930, às dezesseis horas, no salão de danças da Sociedade Italiana “Gabriel Dannunzio”, contando com a presença de trinta e seis comerciantes e industriais e foi presidida pelo sr. Vicente Lanzieri, tendo como secretário o sr. José Puzzo.  Na época o prefeito da cidade era o sr. Adalberto Bueno Neto e Catanduva contava com aproximadamente 30.000 habitantes, sendo que  10.000 residiam na cidade e, pasmem,  20.000 residiam na área rural. A cidade contava com, não mais do que 2.000 prédios, 112 empresas industriais, 317 propriedades agrícolas com dez milhões de pés de cafeeiros que asseguravam uma produção anual de 180 mil sacas. Eram 1.159 veículos que trafegavam pelas poucas ruas da cidade, sendo 745 automotores e 414 de tração animal. Contava com 2 cinemas(Theatro República e Cine Central), 4 jornais, sendo três bi-semanais(Folha do Povo, Comarca de Catanduva e A Cidade) e um que circulava aos domingos(O Rádio). Os profissionais liberais, acreditem,  compreendiam  21 médicos, 11 advogados e 10 cirurgiões dentistas(bons tempos!!!).   Dos trinta e dois presidentes da ACE, somente dois foram reeleitos: Carlos Eduardo de Oliveira Santos e José Alexandre Rodrigues Nobalbos Roman. Dos presidentes eleitos até o ano de 1980, somente dois estão vivos e certamente serão homenageados oportunamente: Elizeu Mardegan e Delcides Montes. Todos os móveis da ACE, em madeira maciça de imbuia,  foram adquiridos na década de cinqüenta da empresa Jaú Progride e restaurados no ano de 2001. O  terreno foi adquirido da italiana Sra. Maria Martinelli em 04 de maio de 1.935 e o prédio demorou dezoito anos para ser concluído, vindo a ser averbado em cartório em data de 11 de junho de 1.963, sendo que a construção do segundo pavimento teve que ser  autorizada pelos lindeiros Giordano Bruno Gavioli e Antonio Stocco em data de 28 de junho de 1.941. Era o tempo de cadeiras na calçada, guaraná e tubaína somente aos domingos, do Fordinho 29 como carro do ano e das marchinhas “Dorinha meu amor”, de  Mario Reis e “Prá você gostar de mim(Taí)”, composição de Joubert de Carvalho na voz de Carmen Miranda, no corso da Rua Brasil, que tinha mão dupla, e nos bailes de carnaval. Eram tempos felizes e, certamente quem vivenciou,  vicejou!!!                 

advogado tributário

www.buchadvocacia.com.br                                       colaborador do Notícia da Manhã

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