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ÁGUAS QUE LEVAM, LAVAM E BANHAM A ALMA


  19 de setembro de 2012

ÁGUAS QUE LEVAM, LAVAM E BANHAM A ALMA

                                                                 José Carlos Buch

No final de semana de sete de setembro as rodovias paulistas foram palco de um trânsito nunca visto, principalmente a Imigrantes e Anchieta, que chegavam a exigir quase um dia de paciência para se percorrer menos de cem quilômetros,  que é a distância entre o planalto e determinadas praias da baixada. E, pelo andar da carroagem(com “o” mesmo), a cada final de semana prolongado ou feriado importante, a situação seguramente tende a piorar. De última hora,  fizemos reserva num hotel em Águas de Lindóia e,  no sentido inverso do grande fluxo de veículos,  para lá fomos. Depois de mais trinta anos, revisitar aquela região foi algo prazeroso e  agradável. Encravada na Serra da Mantiqueira, a região é digna de ser visitada por aqueles que não a conhecem. Ideal para passeios a pé, Águas de Lindóia  tem a sua praça principal arborizada, florida e muito bem cuidada e,  como atração adicional um enorme lago no seu centro, onde é possível até se aproximar de capivaras que comem calmamente até nas mãos dos turistas. Quem preferir, pode fazer um city tour em trenzinhos ou usando uma das inúmeras charretes, todas decoradas com bonecos para atrair a criançada. A cidade de pouco mais de 17.000 habitantes,  oferece bons hotéis, tipo “resorts”,  com pensão completa e gastronomia de excelência, recreadores que ocupam “full time” a criançada,  além de inúmeras opções de lazer e piscinas para todos os gostos. Sua gente recebe bem o visitante e o atendimento nas lojas, bares e cafés é atencioso e simpático.  Cercada de morros, possui um clima que convida o visitante  ao descanso e ao relaxamento, indo do calor não muito intenso durante o dia e temperatura agradável à noite, suficiente para dispensar o uso de ventilador ou ar condicionado e poder dormir o sono dos justos. Trinta minutos dali, percorrendo uma estrada com bastante curvas, mas dotada de muita segurança, chega-se à Serra Negra, com pouco mais de 26.000 habitantes, cujo melhor hotel “Rádio”,  fica na rua principal bem no centro da cidade. Essa rua, com aproximadamente dez quarteirões,  apinhada de lojas,  principalmente de confecções, artesanatos e decoração, se revela pequena para comportar tantos carros e tanta gente, fazendo lembrar um pouco a 25 de março, com a diferença de ser freqüentada apenas por turistas, principalmente de São Paulo e cidades do Vale do Paraíba. O city tour numa jardineira impecavelmente restaurada com o motor original – Ford de 4 cilindros e câmbio seco – além de nostálgico, permite ao visitante conhecer a extensão da cidade e o cuidado dispensado às suas ruas e praças, tudo muito bem sinalizado como deve ser uma cidade turística que se preza. Na outra direção, no sentido de Minas Gerais, após percorrer apenas oito quilômetros de uma estrada menos sinuosa, mas tendo como cenário um horizonte de  montanhas e pequenos vales, chega-se a Monte Sião. Com apenas 21.200 habitantes, a cidade é considerada capital do tricô e possui, nada mais, nada menos,  do que 2.500 lojas, tudo fabricação local. Essa cidade que descobriu essa vocação na década de oitenta, produzindo sem qualidade em garagens e interior das residências, hoje oferece produtos de qualidade a preços interessantes. Visitá-la, que não exige mais do que duas horas,   é uma boa pedida.  Viajar é muito bom e, quando o lugar que se escolhe é paradisíaco e fascinante, há apenas 330 quilômetros de distância, a viagem torna-se inesquecível e,  fica sempre o desejo de quero mais lazer e menos “trampo”.  Porque, como disse, um dia, Oscar Wilde, — “A vida é muito importante para ser levada a sério”.

                                                                 advogado tributário

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