FESTAS TRADICIONAIS DA CIDADE – PARTE II
FESTAS TRADICIONAIS DA CIDADE – PARTE II
José Carlos Buch
A festa mais marcante até hoje realizada na cidade, sem dúvida, foi a FECIC. A primeira foi realizada no mês de setembro de 1984, com duração de quatro dias, formatação que permaneceu inalterada e acontecia sempre no período do feriado do dia da independência. Foram ao todo 21 feiras, a última realizada no período de 9 a 13 de setembro de 2009. A festa liderada com muita competência e profissionalismo pela ACE, com apoio da Prefeitura e Câmara Municipal, consistia na exposição de produtos e serviços com shows de ponta em todas as noites que atraiam milhares de pessoas, constituindo-se no evento mais popular da cidade. É bem verdade que muitas dessas festas ainda persistem. É de se destacar: Quermesse da Igreja Matriz: Tradicional, sempre realizada na praça em frente a igreja. Acontece normalmente no mês de agosto próximo ao dia comemorativo de São Domingos. Quermesse da “Paieta” do Santuário que, em 2015, comemorou 40 edições: No início, funcionava na Rua Santa Catarina, bem em frente a Igreja. A barraca era de bambu coberta de encerado(espécie de lona impermeável) ou lona plástica. Na abertura, o grupo The Sorcerers formado em 1968 pelos amigos Clóvis Frey, José Roberto Ayusso, Júlio Minervino, Luiz Carlos Pinto do Carmo e Jorge Alcibiades Vasconcelos, encantava os presentes com músicas da jovem guarda e ie ie ie, destacando-se a música “Milionários” que fazia muito sucesso à época e era executada magistralmente com o mesmo solo de guitarra, tal como fora gravada originalmente pelos “Os Incríveis”. Era o tempo também dos correios elegantes e muitos namoros que chegaram a casamentos tiveram início com a prática dessa ingênua forma de mensagens. Festa de San Genaro(sociedade italiana): Acontece no quarteirão da Rua Alagoas entre as Ruas Pará e Amazonas na segunda quinzena do mês de agosto. Comidas típicas e uma banda também típica são os destaques da festa que reúne toda a colônia e muitas famílias tradicionais da cidade. Juninão do Tênis: Teve início na década de setenta, sempre realizado na parte externa do clube. É uma festa tradicional voltada aos associados, realizada num único dia do mês de junho, sendo talvez o evento mais prestigiado realizado pelo Tênis. É preciso observar ainda as festas que passaram a integrar o calendário oficial mais recentemente: Festa das nações: Já está se firmando como tradição realizada no bairro Km 7. Além dos shows artísticos com grupos regionais o evento é marcante pela rica gastronomia que oferece, cujas barracas exploradas por clubes de serviços, maçonaria e entidades sociais, servem pratos típicos dos mais variados países. Feira na rua: Criada e organizada pela Lourdinha Fávero, com o apoio da Prefeitura, acontece duas vezes por ano sempre no meses de abril e novembro, no quarteirão da Rua São Joaquim da Barra, próximo ao Teatro Municipal e que já está na 6º edição. Com o propósito de promover o artesanato e a solidariedade, barracas de entidades beneficentes expõem e vendem produtos artesanais e, ao final é feito um sorteio entre elas de parte do valor arrecadado. Finalmente, porém não menos importante, a festa de Santiago de Compostela: Realizada anualmente no quarto sábado do mês de julho, na Rua Rio Grande do Sul, no quarteirão da praça da Catedral, pela sociedade hispano brasileira. Além da apreciada culinária espanhola e muitas atividades, a festa, a cada ano, atrai mais e mais famílias e passou também a fazer parte do calendário oficial do município. Na verdade, falta à cidade uma festa que a identifique no cenário nacional, como acontece com Barretos com a festa do peão, hoje considerada a maior do Brasil; Votuporanga, com o tradicional Carnavotu(carnaval fora de época também conhecido como micareta); Olímpia, que se tornou conhecida nacionalmente como a capital do folclore; Blumenau com a Oktorbfest, considerada a maior festa alemã das américas e, mesmo a pequenina e próxima Jaci com a sua festa do milho que já está na 27ª edição, para citar algumas. A cidade, nesse sentido ainda não encontrou a sua identidade e seguramente perdeu o bonde da história.
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