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HENRY FORD


  12 de janeiro de 2015

HENRY FORD

                                                                  José Carlos Buch

No final do ano passado foi publicada a mais recente biografia de Henry Ford, escrita por Richard Snow, sob o título “Ford”(o homem que transformou o consumo e inventou a Era Moderna), Editora Saraiva.  Para quem aprecia biografia é uma obra imperdível, pois narra com precisão a trajetória de Henry, desde a infância pobre; a criatividade e a determinação no desenvolvimento do carro americano mais popular no mundo(Ford T);  a construção de fábricas gigantescas e  a inédita e pioneiríssima  produção em linha e em série;  a fabricação, também,  em série dos Bombardeiros B-24 e o fornecimento de equipamentos bélicos,  veículos de apoio, ambulâncias para ajudar os EUA na Segunda Guerra Mundial; a injustificável conduta antissemita, adotada por anos, pelo jornal que era o porta voz de suas fábricas;   a perda do único  filho Edsel em 26 de maio de 1943, com apenas 50 anos de idade e, finalmente  a sua morte, quatro anos depois,  em 07 de abril de 1947, numa noite de muita tempestade. São 406 páginas de muito preciosismo e  histórias intrigantes  que permitem  ao leitor conhecer a fascinante trilha percorrida por Henry, o primeiro fabricante a não ter medo de emprestar o próprio nome ao veículo  que fabricava e se mantém até hoje.  Da citada obra destaca-se algumas frases e ensinamentos para reflexão que,  longe de representar a riqueza do seu conteúdo,  constitui-se apenas num trailer.  – Pg. 32: “A vida lhe dará muitas coisas desagradáveis para fazer, as suas obrigações por vezes lhe serão difíceis, desagradáveis e penosas, mas você deve cumpri-las.” “Deixe que a sua saúde, não a sua dieta, lhe sirva de referência. Nunca coma pelo simples prazer de comer.” Pg. 283: “Corte a sua própria lenha e, assim, ela aquecerá você duas vezes.” Na mesma página, palavras do Ministro Samuel Marquis: “É IMPOSSÍVEL PINTAR UMA imagem estática de Henry Ford pelo simples fato de haver algo nele que nunca está estático […] Na sua presença, ninguém se sente inteiramente à vontade […] A única certeza que você passa a ter é de que, em qualquer coisa que ele faça, é muito provável que o inesperado aconteça […]. O homem que vemos por fora revela o que existe por dentro. A sucessão de expressões faciais e o constante jogo de luzes e sombras em seu rosto, refletindo os seus pensamentos e estados de espírito em rápida mutação, são objeto de observação da parte daqueles que convivem com o Sr. Ford diariamente. Os fotógrafos se queixam de que ele é “difícil de capturar”. Existe uma abundância de fotos instantâneas de Ford. Cada uma o mostra como ele, às vezes, parece ser. Mas nenhuma o revela como ele, de fato, é. Pelo que me consta, nunca foi tirada uma foto satisfatória dele. […] Apesar de conhecê-lo há muito tempo e de forma relativamente íntima, eu não tenho uma única imagem mental […] que me permita dizer — É assim que ele é, ou que eu o conheço –. Existem nele luzes tão intensas e sombras tão profundas que eu não consigo colocá-lo em perspectiva sob todos os ângulos simultaneamente.”  Pg. 323: “As oportunidades não o desprezarão por você usar macacão.”  O livro revela ainda outras informações interessantes:    O primeiro Ford Mod A saiu da linha de montagem da Ford Motor Company em 1903. Na pag. 136/137 do livro acha-se reproduzida uma planilha de custos e formação de preço de venda, usada em 1903, que é a mesma utilizada até hoje nas empresas.  Em Greenfield Vilage, próximo à cidade de  Detroit, o próprio Henry construiu um  museu onde acham expostos todos os seus inventos, desde o primeiro triciclo, passando pelo modelo A, Ford T e outros que se seguiram,   bem como  restaurou e reproduziu as oficinas, as máquinas a vapor que o despertaram para a vida profissional ainda adolescente  e as ferramentas que utilizou nos primórdios da sua vida.  Para lá também  foram levados todos ambientes, inclusive os móveis, nos quais conviveu com a sua esposa Clara. Um fato curioso foi retratado na pg. 381 do livro, que revela o momento em que Ford mostrou pela primeira vez a Thomas Edison, a reconstrução que fizera do laboratório do inventor de Menlo Park em 1929. Edison disse: – “Você acertou 99%. – Qual o problema com o 1%? Edison, respondeu – O chão está limpo demais.” –  Entre 1908 até 1927, foram fabricados 15.000.000 do Ford T.  Em 1920, mais da metade dos veículos que circulam no mundo eram Ford T. Entre 1915 e 1926, para reduzir custos, todos os veículos Ford eram fabricados somente na cor preta. Poucos homens no mundo conseguiram construir uma história tão fascinante e interessante como a escrita por Henry Ford.

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