O BONDE DO SUCESSO SÓ PASSA UMA VEZ…
O BONDE DO SUCESSO SÓ PASSA UMA VEZ…
José Carlos Buch
O que você tem em comum com Joe Green que, aconselhado pelo pai(professor de matemática da Universidade da Califórnia), declinou do convite para dispor de US$1,000.00, no ano de 2004, e se tornar sócio do então garoto desinteressante de Harvard, Mark Zuckerberg, criador da rede social Facebox, hoje um dos homens mais ricos do mundo? Também é possível que você tenha vivido situação parecida com Pete Best, que até 1962 era o baterista de um conjunto desconhecido e, substituído por Ringo Star, perdeu a oportunidade de ser o “Quinto Beatle”. Diz o ditado popular que o “bonde do sucesso, só passa uma vez em nossa porta” ou “cavalo arreado não passa duas vezes”. Seguramente essa é uma verdade incontestável e, todos nós, em algum momento da vida deixamos escapulir a mesma oportuna oportunidade(a redundância é proposital) que teve Joe Green e Pete Best. Estar no lugar certo e na hora certa, pode contribuir em muito para se alcançar o sucesso ou mudar o rumo da nossa vida, lembrando que o inverso também é verdadeiro. Que o digam as vitimas de balas perdidas, notadamente no Rio de Janeiro. Dizem que sorte ou você tem, ou você não tem. O importante, contudo, é valer-se da sorte para desenvolver o seu talento e perseguir o seu sonho. O médico Lair Ribeiro não teria se transformado em escritor e palestrante motivacional de sucesso, não estivesse de plantão no hospital de uma pequena cidade mineira quando socorreu um americano enfartado que, após recuperado, em sinal de agradecimento abriu-lhe as portas para um curso de especialização em cardiologia, levando-o a residir 17 anos nos EUA. O desdenhável presidente do Senado José Sarney(até quando?), não teria sido o medíocre presidente que foi, se Tancredo Neves tivesse cuidado mais da sua saúde do que da política e, certamente, o Brasil não teria pago preço tão alto por conta de tantas mazelas que se sucederam e, ao que parece, persistem. O comandante Rolim Amaro não teria feito da TAM uma grande empresa aérea, não tivesse sido brevetado em Catanduva com o curso pago, à época, por três amigos, jovens empresários da nossa cidade e, não tivesse ganho na rifa um automóvel Opala que lhe permitiu pagar as dividas da então pequena empresa área que estava quebrada. Galvão Bueno não chegaria a ser o maior salário do rádio esportivo do Brasil, não fosse Luciano do Vale se desentender com a direção de esportes da Globo, por conta do bairrismo a favor dos clubes do Rio. Faustão, continuaria como simples e mediano repórter esportivo da Rádio Globo, não tivesse tido a oportunidade de apresentar, junto com Osmar Santos, o programa diário “Balancê” na então Rádio Excelsior onde conheceu Lucimara Parisi, sua fiel escudeira de tantos anos e juntos criaram o então pobre e modesto programa “Perdidos na Noite” na TV Record, onde participavam também Caçulinha e os comediantes de rádio Tatá e Escova. Lee Iacocca não teria se notabilizado como um dos principais executivos do mundo no final da década de setenta, não tivesse aceitado, após ter sido demitido da Ford em 13 de julho de 1.978, o desafio de tirar a Chrysler americana da falência, por conta dos honorários simbólicos de US$1,00 por ano. Walter Elias Disney, nome verdadeiro de Walt Disney, não teria construído o maior complexo de entretenimento do mundo, não tivesse ao seu lado como timoneiro administrativo financeiro e co-fundador, o seu nunca lembrado irmão mais velho Roy Oliver Disney. Certamente você leitor(a) também, em algum, momento viu passar em sua porta o bonde do sucesso e nele não acreditou, como este colunista também o ignorou, em duas oportunidades. Tivesse ocupado o assento de um dos dois bondes, estaria hoje aposentado com o teto máximo do funcionalismo público mas, provavelmente menos feliz e menos informado. Joe Green e Pete Best, assim como tantos outros, se pudessem, voltariam no tempo o que é tão impossível, quanto mudar a história dos demais personagens citados. Eles, diferentemente, não deixaram de subir no estribo do cavalo arreado que passou e, não bastasse isso, persistiram, venceram e construíram uma história, digna de uma obra de Lair Ribeiro, com capa dos Studios Disney, a ser publicada com prefácio do Senador José Sarney(!), para ser distribuído aos passageiros da TAM do Comdte. Rolim Amaro, narrado em CD por Galvão Bueno(que chatice!), divulgado e recomendado no Domingão do Faustão e, finalmente, para ser colocado na estante ao lado das biografias de Lee Iacocca e Walt Disney. Nesta obra caberiam muitos outros personagens, inclusive um de nós.
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