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ORIGEM DOS DITADOS – PARTE II


  3 de agosto de 2018

ORIGEM DOS DITADOS – PARTE II

                                                                  José Carlos Buch

Os adágios e ditados são tantos que o potiguar folclorista, historiador, antropólogo, advogado e jornalista brasileiro Luis Câmara Cascudo, reuniu centenas deles em um livro. E, é  desta obra que extraímos mais um rol, na verdade os mais conhecidos que fazemos uso no dia-a-dia sem sequer saber como surgiram: COM O REI NA BARRIGA: A expressão provém do tempo da monarquia em que as rainhas, quando grávidas do soberano, passavam a ser tratadas com deferência especial, pois iriam aumentar a prole real e, por vezes, dar herdeiros ao trono, mesmo quando bastardos. Em nossos dias refere-se a uma pessoa que dá muita importância a si mesma. O POMO DA DISCÓRDIA: A lendária Guerra de Troia começou numa festa dos deuses do Olimpo: Éris, a deusa da Discórdia, que naturalmente não tinha sido convidada, resolveu acabar com a alegria reinante e lançou por sobre o muro uma linda maçã, toda de ouro, com a inscrição “a mais bela”. Como as três deusas mais poderosas Hera, Afrodite e Atena disputavam o troféu, Zeus passou a espinhosa função de julgar para Páris, filho do rei de Tróia.  O príncipe concedeu o título a Afrodite em troca do amor de Helena, casada com o rei de Esparta. A rainha fugiu com Páris para Tróia, os gregos marcharam contra os troianos e a famosa maçã passou a ser conhecida como “o pomo da discórdia” – que hoje indica qualquer coisa que leve as pessoas a brigar entre si. SANTA DO PAU OCO: Expressão que se refere à pessoa que se faz de boazinha, mas não é. Nos século XVIII e XIX, os contrabandistas de ouro em pó, moedas e pedras preciosas utilizavam estátuas de santos ocas por dentro. O santo era “recheado” com preciosidades roubadas e enviado para Portugal. AQUELA QUE MATOU O GUARDA: Tratava-se de uma mulher que trabalhava para D. João VI e se chamava Canjebrina, que, como informam os dicionários, significa pinga, cachaça. Ela teria matado um dos principais guardas da corte do Rei. O fato não foi provado. Mas está no livro “Inconfidências da Real Família no Brasil”, de Alberto Campos de Moraes. SANGRIA DESATADA: Diz-se de qualquer coisa que requer uma solução ou realização imediata. Esta expressão teve origem nas guerras, onde se verificava a necessidade de cuidados especiais com os soldados feridos. É que se por qualquer motivo, se desprendesse a atadura posta sobre as feridas, o soldado morreria, por perder muito sangue. COLOCAR PANOS QUENTES: Significa favorecer ou acobertar coisa errada feita por outro. Em termos terapêuticos, colocar panos quentes é uma receita, embora paliativa, prescrita pela medicina popular desde tempos remotos. Recomenda-se, sobretudo, nos estados febris, pois a temperatura muito elevada pode levar a convulsões e a problemas daí decorrentes. Nesses casos, compressas de panos encharcados com água quente são um santo remédio. A sudorese resultante faz baixar a febre. PAGAR O PATO: A expressão deriva de um antigo jogo praticado em Portugal. Amarrava-se um pato a um poste e o jogador (em um cavalo) deveria passar rapidamente e arrancá-lo de uma só vez do poste. Quem perdia era quem pagava pelo animal sacrificado. Sendo assim, passou-se a empregar a expressão para representar situações onde se paga por algo sem ter qualquer benefício em troca.

Fonte: https://jornalggn.com.br/blog/iv-avatar/o-significado-de-alguns-ditados-populares-sem-tapar-o-sol-com-a-peneira

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