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PARTIDA E CHEGADA


  5 de agosto de 2013

PARTIDA E CHEGADA

                                                                 José Carlos Buch

De um modo geral, as pessoas sempre ficam muito fragilizadas e o inconformismo, às vezes tem um viés de revolta,  quando da perda de um ente querido. Mesmo os mais turrões e insensíveis não resistem e desabam em lágrimas.  Essa é uma característica dos ocidentais, já que  no oriente a visão de morte é literalmente diferente da nossa. De toda a sorte, perder um ente querido enseja uma dor tão profunda que só os que passam por isso a sentem. Henry Sobel, por ocasião da morte de Mário Covas contou a seguinte parábola — “Quando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de beleza rara. O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor. Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram. Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: ‘Já se foi’. Terá sumido? Evaporado? Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós. Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas. O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver. Mas ele continua o mesmo. E talvez, no exato instante em que alguém diz: ‘Já se foi’, haverá outras vozes, mais além, a afirmar: lá vem o veleiro!!! Assim é a morte. Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível dizemos: ‘Já se foi’. E é assim que, no mesmo instante em que dizemos: ‘já se foi’, no além, outro alguém dirá: ‘Já está chegando’. Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a vida. Terá sumido? Evaporado? Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O ser que amamos continua o mesmo, suas conquistas persistem dentro do mistério divino. Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais necessita.  Na vida, cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos até que se resolva por desfazer-se do que julgar desnecessário. A vida é feita de partidas e chegadas. De idas e vindas. O que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada. Assim, um dia, todos nós partimos como seres imortais que somos ao encontro daquele que nos criou. —”  Do filme “Os Corajosos” e, ainda, sobre o tema,  extrai-se a seguinte lição: — “Eu ouvi muitas pessoas que perderam ente querido dizer que de alguma forma é como aprender a viver com uma amputação. Você sara, mas nunca mais é o mesmo. Mas também ouvi dizer que,  aqueles que passam por isso e confiam no Senhor, acham um conforto e criam uma intimidade com Deus que a maioria das pessoas nunca experimenta. Deus não promete uma explicação, mas promete andar conosco na dor.” — Essas, foram as palavras confortantes ditas pelo pastor da Igreja Batista  ao Adam Mitchell(Alex Kendrick), personagem principal do filme que,  na história acabara de perder a filha Victória de apenas sete anos. As duas mensagens, cada qual com a sua importância e sabedoria, podem, na medida do possível,  proporcionar algum conforto para aqueles que passam  por momento de dor.  Ademais, é preciso não esquecer que o tempo de Deus não é o mesmo que o nosso.     

                                                                 advogado tributário

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