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UM MINUTO PRA DAQUI A POUCO


  4 de fevereiro de 2015

UM MINUTO PRA DAQUI A POUCO

                                                                 José Carlos Buch

Será que já nos demos conta da importância de um minuto em nossa vida? Esse minuto que passa tão rápido e que pode ser marcado pela simples contagem compassada de 1 a 60, pode, em determinadas situações, salvar nossa vida. Quem de nós não se queixa de, invariavelmente deparar-se,  quase sempre, com o sinal vermelho? Quem de nós não se irrita de, na fila do caixa do supermercado,  ter que aguardar o(a) consumidor(a) à nossa frente pedir para a caixa se pode ir buscar determinado produto que esquecera de pegar? Quem de nós não vê a hora do término da aplicação de uma injeção ou mesmo da retirada da agulha da veia no laboratório de exame de sangue? Outras inúmeras situações que sequer duram mais do que um minuto, também nos incomodam, mas não tem como não conviver com elas. Assim como as situações adversas nos incomodam,  as de alegria não se prolongam como desejaríamos e duram o tempo necessário para a nossa fugaz felicidade, daí a sábia afirmação de que ninguém, por mais feliz que se julga ser,  possui felicidade plena, mas apenas momentos felizes. E, esses momentos felizes, às vezes sequer alcançam a duração de um minuto. A história real a seguir relatada mostra como um minuto,  em três oportunidades,  salvou a vida de uma pessoa. Muito próximo da adolescência, se deslocava diariamente de trem da sua casa até próximo de Roma onde estudava. Viajava no último vagão e, em determinado dia, logo após descer do trem viu-se quase atingido por um outro trem que, desgovernado lambeu a passarela da plataforma e, por questão de centímetros não o atingiu, mas destruiu o carrinho com a sua bolsa de materiais da escola que estava sendo puxado. Ele era socorrista na segunda guerra mundial(soldados que recolhem os feridos após bombardeio ou combates), a serviço do seu país, que pertencia ao eixo. Junto com um amigo de infância realizava esse trabalho quando soou a sirene, alertando para novo bombardeio e a necessidade de todos se  protegerem  num abrigo subterrâneo. O amigo conseguiu ser o último a adentrar, ele, por sorte não, por falta de espaço. Uma das bombas caiu exatamente na entrada do abrigo matando todas as pessoas que lá estavam, inclusive seu amigo. Finalmente, um minuto foi importante na tomada de decisão para, ao observar que o vigia cochilava, livrar-se do cativeiro em que se encontrava há alguns dias, após ter sido sequestrado. Seguramente Deus estava presente nos três episódios, provavelmente porque tinha reservado missão mais importante a ele, como de fato acabou se materializando. Um minuto para daqui a pouco pode nada significar, mas pode também ser determinante para o médico salvar uma vida; para o condutor de um veículo se safar de um acidente grave; para a  retirada de pessoas  presas nas ferragens de um veículo acidentado que,  em instantes iria explodir;  para o piloto  tomar uma decisão e evitar um acidente aéreo fatal; para o banhista deixar a praia e buscar abrigo,  evitando ser atingido por um raio que viria a cair no local,  no momento seguinte; pra não ser atingido por uma barreira que caiu sobre a estrada em que trafegava; pra se tomar uma decisão importante que pode mudar o curso da vida; pra refletir melhor e não contra atacar por impulso, diante de uma ofensa sofrida; pra contar até dez ou dez vezes dez, antes de responder quando se sentir atingido ou ameaçado; pra não reagir,  entregando todos os pertences, carro inclusive, diante de um assalto à mão armada;  pra  sentir  ansiedade ao grau máximo, antes de um evento marcante na vida, do tipo:  casamento; nascimento de um filho ou neto;  anúncio do resultado de uma prova ou de um exame médico; resultado de cirurgia de um parente próximo ou amigo e tantas outras situações que a vida por certo nos reserva.  Lembre-se  da 42ª lição da colunista americana Regina Brett —  “O melhor ainda está por vir.” —  Quem sabe o melhor vai acontecer em um minuto pra daqui a pouco?  Isso,  só o minuto seguinte é que poderá dizer. Uma coisa é certa – é melhor perder um minuto na vida,  que a vida num minuto.

P.S. Este artigo é carinhosamente dedicado à leitora da coluna Maria Helena Figueiredo Januário – “Mana”, diligente, abnegada e incansável voluntária da Creche “Sinharinha Neto”, que abriga 138 crianças e, como a grande maioria das demais creches, passa por momentos de dificuldades financeiras. 

                                                        advogado tributário

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