Blog
Home      Blog
  9 de junho de 2015

IRRESPONSABILIDADES


IRRESPONSABILIDADES

                                                                  José Carlos Buch

Não faz muito tempo ocorreu um  fato de flagrante irresponsabilidade naquele que é talvez a maior referência hospitalar do país. O nível do corpo clinico e dos funcionários, os recursos técnicos e em equipamentos, a qualidade  dos apartamentos e a limpeza, dão ao hospital um padrão de primeiro mundo,  equiparados aos melhores existentes no planeta. Nos corredores, inúmeros  certificados exibindo os incontáveis  prêmios nacionais e internacionais recebidos,  não só pela eficiência, mas também pela baixíssimo nível de infecção hospitalar – o menor do país. Pois bem,  todo esse aparato profissional e técnico não impediu que uma paciente submetida à cesariana, após se queixar de dores insuportáveis por dois dias e só controlável com o medicamento  chamado tramal (tramadol),  tivesse que se submeter a uma outra intervenção cirúrgica pós  parto e, desta feita para ser retirado um chumaço de gaze deixando em seu abdômen. Essa pisada na bola não é comum e tampouco aceitável, mas vez ou outra acontece em muitos hospitais do país. Contudo,  um erro primário  como este  no mais renomado e talvez o mais caro hospital do país,  é inadmissível. A máquina de lavar roupa de marca sul coreana renomada, com menos de dois anos de uso começou a apresentar defeito. Acionada a assistência técnica e depois de muita insistência,  a visita do técnico finalmente aconteceu e este constatou defeito numa determinada peça eletrônica disponível somente na fábrica. Depois de quase três meses e, novamente, muito insistência a peça finalmente foi instalada, ao valor(mão de obra e peça) próximo a 20% do valor de uma máquina nova. Embora passasse a funcionar normalmente, o fato é que a máquina ganhou um barulho após o conserto, antes então inexistente. Aí teve início um novo périplo com  telefonemas e mais telefonemas   para a visita de um técnico e  solução do problema. Decorridos quase dois meses e sem resposta da assistência, a máquina foi aberta pela própria  usuária e aí bingo! – o problema consistia num alicate bastante usado e até desgastado pelo tempo, pesando mais de 300 gramas que, irresponsavelmente, havia sido deixado pelo técnico que promoveu o conserto. À usuária restavam duas opções: comunicar a fábrica descrevendo o péssimo e irresponsável atendimento e relatar o ocorrido ou tentar falar diretamente com a assistência técnica. Acertadamente, preferiu a segunda opção. Chegando o fato ao conhecimento do dono da assistência este fez questão de,  no mesmo dia,  ir pessoalmente retirar o intruso alicate. Guardada as devidas proporções, a irresponsabilidade do médico e equipe que deixaram o gaze no abdômen da paciente é a mesma do técnico que deixou um alicate velho no interior de uma máquina de lavar. A diferença é que no primeiro caso estava em perigo uma vida humana e, no segundo,  o risco material de danificação de um eletrodoméstico. Também pudera, a máquina não é nenhuma “Brastemp”! Quanto ao médico e ao hospital, não se tem noticia da abertura de qualquer sindicância ou processo administrativo e nenhuma satisfação por escrito foi dada à paciente. Já o valor da internação e dos honorários médicos, sem contemplação,  tiveram que ser pagos normalmente.                               

                                                        advogado tributário

                                                        www.buchadvocacia.com.br

VEJA TAMBÉM:
10 de abril de 2024
FRASES QUE DIZEM MUITO – PARTE XII
26 de março de 2024
CRIME DA MALA, A VERDADEIRA HISTÓRIA
27 de fevereiro de 2024
FRASES QUE DIZEM MUITO – PARTE XI
19 de fevereiro de 2024
ANEDOTAS DE ADVOGADO
23 de janeiro de 2024
OS IRMÃOS QUE QUASE FICARAM MILIONÁRIOS
20 de janeiro de 2024
FIQUE DE OLHO NO TICKET

Solicite uma reunião com nossos
advogados especialistas:

Desenvolvido por BCS Desenvolvimento
Abrir bate-papo
Olá
Podemos ajudá-lo?