Você certamente já deve ouvido inúmeras vezes o hit americano The Sound of Silence(o som do silêncio),  na voz da dupla Simon & Garfunkel, composição deste último. O que talvez você não saiba é que a composição retrata uma história fascinante e real. Um rapaz pobre, americano, de família judaica, do estado de Búfalo, ganhou uma bolsa de estudos na Universidade de Colúmbia. Lá, ele fez amizade com um rapaz que acabou virando um grande amigo, e seu colega de quarto. Mas logo no primeiro ano da faculdade, vendo um jogo de basebol, de repente, do nada, ele ficou cego. O médico diagnosticou como uma conjuntivite sem gravidade e que tudo ia passar. Não passou –  era uma catarata que tinha comprometido os nervos óticos. O rapaz ficou cego, entrou em depressão, largou os estudos e voltou para a sua cidade. Esse amigo(Garfunkel), colega de quarto, foi até lá e o convenceu a voltar à Universidade. O amigo disse a ele: – A escuridão vai te acompanhar e eu vou ser a tua luz. E, assim começou a ajudá-lo em tudo. Lia as provas para ele, os livros, tudo mesmo! Esse cara cego acabou se formando em Direito,  depois fez mestrado em Harvard e Doutorado em Oxford. Virou um brilhante e celebre advogado e acabou se tornando Conselheiro na Casa Branca. Trabalhou assessorando os presidentes americanos Gerald Ford e Jimmy Carter. Essa bonita história de superação mostra o valor de uma amizade verdadeira. É o retrato da vida de Sandy Greenberg. Mas,  voltando no tempo, mais precisamente a 1964, o colega de quarto que  ajudou Sandy a se formar advogado, Arthur Ira Garfunkel, da então não muito conhecida dupla Simon & Garfunkel,  pediu a ele 400 dólares emprestados. Ele precisava do dinheiro para lançar um disco. Sandy emprestou o dinheiro. O disco foi lançado em 1964 e a música tema  se tornou uma das mais ouvidas nos E     UA. Foi a canção que o colega de quarto fez em homenagem ao amigo Sandy Greenberg, uma música que todo mundo conhece, mas que poucos ou quase ninguém sabe da verdadeira história por trás da letra. Ouvir a música sabendo da história tem outro sentido. A coluna não pode reproduzir o The Sound of Silence(O som do silêncio),  que é título da melodia, mas pode reproduzir a letra traduzida desse  clássico mundial –   “Olá escuridão, minha velha amiga. Eu vim para conversar com você novamente. Por causa de uma visão que se aproxima suavemente, deixou suas sementes enquanto eu estava dormindo. E,  a visão que foi plantada em minha mente, ainda permanece, dentro do som do silêncio. Em sonhos,  sem descanso eu caminhei só em ruas estreitas de paralelepípedos, sob a áurea de uma lamparina da rua. Virei minha gola para o frio e a umidade, quando meus olhos foram esfaqueados pelo flash de uma luz de neon, que rachou a noite e tocou o som do silêncio. E,  na luz nua eu enxerguei dez mil pessoas talvez mais! Pessoas conversando sem estar falando, pessoas ouvindo sem estar escutando, pessoas escrevendo canções que vozes jamais compartilham. E, ninguém ousou perturbar o som do silêncio. Tolos,  digo eu, vocês não sabem, o silêncio é como um câncer que cresce. Ouçam as palavras que eu posso lhes ensinar, tomem meus braços que eu posso lhes estender. Mas,  minhas palavras como silenciosas gotas de chuva caem e ecoaram nos poços do silêncio. E,  as pessoas se reverenciaram e rezaram para o Deus de neon que elas criaram, e um sinal faiscou o seu aviso nas palavras que estavam se formando e o sinal disse: As palavras dos profetas estão escritas nas paredes do metrô e nas salas dos cortiços. E sussurraram no som do silêncio.”  A letra fala por si!