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A HISTÓRIA DA REDE FRANGO ASSADO


  24 de novembro de 2021

Muitos empreendimentos brasileiros nasceram da iniciativa pioneira dos seus fundadores que, em algum momento, souberam aproveitar a oportunidade surgida,  sem deixar de contar com um pouco de sorte. Costuma se dizer que, esses afortunados empreendedores não perderam a chance de subir no estribo do cavalo arriado quando este passou na sua porta. Assim começa a história que tem como cenário o ano de  1952, na pequena Louveira, distante 77 quilômetros de São Paulo. Nesse ano, o casal de imigrantes José e Rosa Mamprin,  abriu uma pequena banca de frutas à beira da recém-inaugurada Rodovia Anhanguera, e plantou ali a semente do que seria a rede de restaurantes Frango Assado. A banca de frutas se chamava Rancho São Cristovão – nome que homenageava o padroeiro dos motoristas –, ficava no quilômetro 73 da estrada  e também oferecia alguns lanches para o número cada vez maior de pessoas que transitavam pela Anhanguera. Contudo, a comida que começou a chamar a atenção da clientela não estava à venda. – “Aos domingos, a gente fazia um almoço de família no qual era servido frango assado. Os clientes sentiam o cheiro e começaram a perguntar se o prato estava à venda. Logo, começamos a aceitar encomendas”, diz Mamprin, que acrescenta: –  “A fama do produto ficou tão grande que os clientes só chamavam o lugar de frango assado”. Em 1955, os donos aproveitaram a ideia e rebatizaram o estabelecimento. Surgia, assim, o primeiro restaurante Frango Assado. Em 1956, no entanto, o terreno onde funcionava o estabelecimento foi desapropriado e a família teve de desmontar o barracão. O que poderia ser o fim do empreendimento virou oportunidade: os Mamprin construíram um estabelecimento maior no km 72. “As refeições viraram o produto principal”, afirma Valmik Mamprim, membro da terceira geração da família. Nos anos seguintes, o movimento cresceu tanto que uma parte significativa da economia de Louveira passou a girar em torno do restaurante. Os lucros do negócio, no entanto, foram investidos em outro empreendimento –  o restaurante Fonte Santa Tereza, em Valinhos –, e o Frango Assado ficou muitos anos sem receber investimentos. Foi então que a terceira geração da família, da qual Valmik faz parte, pediu para assumir o negócio. Rosa,  havia falecido em 1963, e o patriarca José e seus filhos aceitaram. A chegada dos jovens não significou apenas uma mudança administrativa – o restaurante também passou por uma grande reforma. “Entre outras inovações, criamos uma cozinha que ficava no meio do restaurante, visível aos clientes, o que não era um costume da época.” Uma novidade muito mais singela, no entanto, atraiu ainda mais clientes. “Os banheiros eram a pior parte de todos os restaurantes de estrada, por isso, reformamos o nosso, o que funcionou até como marketing para o restaurante”, diz Mamprin. Na década de 1970, a abertura da rodovia dos Bandeirantes, preocupou os donos do Frango Assado pela iminente queda do movimento. “A estrada apressou a abertura de outros estabelecimentos e, em 1977, fomos para a Imigrantes e, depois, para a Dutra”, conta Mamprin. Surgia, assim, a Rede Frango Assado: “A dificuldade virou oportunidade. Se não fosse a Bandeirantes, talvez tivéssemos ficado só em Louveira”, acrescenta. Uma nova medida aumentou ainda mais os rendimentos: a introdução da ficha individual para cada consumidor. “Numa viagem para a Itália, onde havia muitas redes de restaurantes de estrada, conheci o sistema, que eu trouxe para o Brasil, pois queria ter um controle maior dos pagamentos. O resultado foi que, além do controle, houve também um aumento significativo nos gastos por cliente”, afirma Mamprin. A década de 1990 foi marcada pela abertura de mais restaurantes, e a expansão exigiu profissionalização. Em 1996, foi criada uma holding para administrar a rede. “Separamos a família do negócio, delegamos mais poderes para o corpo de gerentes e criamos, com uma consultoria, um livro de metas e objetivos para os funcionários”, diz Mamprin. O profissionalismo permitiu abrir ainda mais restaurantes. O início do século 21 foi marcado pela consolidação do mercado de alimentação, e a Rede Frango Assado se preparou para o novo cenário. “Nós já estávamos preparados para receber alguma oferta, pois existem poucos grupos no mundo, e havíamos chegado num momento no qual precisaríamos de muito capital para continuar a expandir o negócio”, conta Mamprin. Foi nesse contexto que, em 2008,  surgiu a oferta da  International Meal Company (IMC), de R$150 milhões,  que também comprou a rede de restaurantes Viena. Assim, o negócio que começou como uma pequena banca de frutas hoje é parte de um gigante do setor de alimentação com atuação no Brasil, Panamá, República Dominicana, Colômbia, Porto Rico e México. Entre um momento e outro, há uma história de oportunidades aproveitadas, ideias inovadoras e alguma sorte.

Fonte: site www.frangoassado e https://www.terra.com.br/economia/vida-de-empresario/historias-inspiradoras/rede-milionaria-frango-assado-comecou-com-banca-de-frutas,5adf20eae010b57d4b527bfc3c5180c0qc3bRCRD.html

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