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A INFÂNCIA, UM LIVRO, UM FILME


  20 de janeiro de 2015

A INFÂNCIA, UM LIVRO, UM FILME

                                                                  José Carlos Buch

Cada um de nós,  seguramente guarda indelevelmente vivo  na lembrança um livro ou filme que foram marcantes na infância. Há quem imagina que esses registros decorrem do fato da quantidade pequena de informações até então gravadas na infância que, contudo,  vão se aumentando  com o passar do tempo, diminuindo a capacidade do “HD” do nosso cérebro. Outros entendem que as poucas opções de títulos, à época, fizeram-se célebres para nós, o primeiro livro ou filme que mexeu com o nosso emocional. Seja lá o que for, feliz é aquele que tem o registro de uma história que, de tão fascinante, mantém-se viva e quase como um onírico em sua memória. É claro que as crianças de hoje tem outros heróis e outras quinquilharias eletrônicas que,  em nada contribuem para isso, embora muitos desses heróis foram também os nossos algum dia. “Virtude Selvagem”, produzido pela MGM, dirigido por Clarence Brown e lançado em 1946, foi estrelado por Gregory Peck(Penny Baxter), Jane Wyman(Orry Baxter), Claude Jarman Jr.(Jody), Chill Wills        (Buck For-rester), Clem Bevans(Papai Forrester), Margaret Wycherly(Mamãe Forrester), Henry Travers(Boyles), Forrest Tucker(Lem Forrester) e Donn Gift (Fodderwing), teve sete indicações ao Oscar e levou duas estatuetas(melhor filme e melhor direção de artes). O filme retrata a relação afetiva e inocente  entre um menino e um servo. Volta e meia a sessão da tarde da TV exibe a película que, apesar de passados mais de seis décadas,  continua a emocionar e a encantar por ser uma história que serve para crianças de todas as idades. Estou certo que o filme, mesmo nos dias atuais,  é capaz de envolver  com o seu enredo fascinante  e  melodramático e  encher os olhos de lágrimas de quem o assiste. Pena que as nossas crianças e mesmo adolescentes, estão noutra! Érico Veríssimo (1905-1975), foi um dos escritores mais conhecidos e reconhecidos de sua época. Sua segunda obra e primeiro romance de nome “Clarissa”, escrita em  1933, retrata, sem muito drama,  a passagem da adolescente Clarissa para a vida adulta. Aos 13 anos,  Clarissa se muda de uma cidade do interior para a capital, onde vai estudar para ser professora. Ela se muda para a pensão de sua tia Eufrasina. O livro mostra através do olhar otimista da jovem o cotidiano em que ela vive, e como enxerga as pessoas que moram ali. A obra faz um retrato do Brasil na década de 1930 e tenta mostrar as mudanças que aconteciam naquele período. Lembro-me que,  apesar de importante na minha infância e porta de entrada pelo gosto que acabei adquirindo pela leitura, a obra não marcou tanto como “Meu pé de laranja lima”, de José Mauro de Vasconcelos. O livro  publicado em 1968 foi traduzido para 52 línguas e publicado em 19 países. Foi adotado em escolas e, posteriormente, adaptado para o cinema, televisão e teatro.  A história bastante conhecida, retrata a trajetória de um menino de cinco anos chamado Zezé, que pertencia a uma família muito pobre e muito numerosa. Zezé tinha muitos irmãos, a sua mãe trabalhava numa fábrica, o pai estava desempregado, e como tal passavam por muitas dificuldades. As irmãs mais velhas tomavam conta dos mais novos; por sua vez, Zezé tomava conta do seu irmãozinho mais novo, Luiz. Nesse elo tem um pé de laranja lima onde se desenrolam as maiores aventuras. Há, ainda,   uma história paralela vivida por um personagem  muito generoso, o “Portuga”,  que sai do enredo de uma forma muito dramática e trágica,  levando o leitor à emoção. E você,  se lembra do seu livro de cabeceira de infância ou do melhor filme assistido nessa época? É claro que você deve ter em seus registros, um filme, um livro ou mesmo um gibi que marcou a sua infância ou adolescência. Se não os tem na estante para um dia exibir aos filhos ou netos, não importa, conte a eles a história, lembrando o anúncio do Banco Itaú – “isso muda o mundo” -.  Quem sabe as crianças possam deixar por alguns instantes os celulares e tablets e mergulhar no mundo da fantasia e se emocionar, com nós fomos capazes de ficar emocionados um dia. E, como diz sabiamente meu sogro, Maurilio Martins que,  somente nonagenário,  descobriu a verdadeira paixão pela leitura – “O livro é tão importante que responde mesmo sem a gente perguntar”.              

                                                         advogado tributário

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