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A VIAGEM DOS QUE NUNCA SE FORAM (PARTE VI-FINAL)


  26 de abril de 2013

A VIAGEM DOS QUE NUNCA SE FORAM (PARTE VI-FINAL)

                                                                 José Carlos Buch

(Este é um artigo de ficção que tem como único propósito enaltecer e homenagear pessoas que ajudaram a construir e a escrever a história da nossa cidade.  — Em memória dos nomes citados).

Nesse mesmo ônibus extra, Jorge Felício Casseb da Casa Casseb, um dos primeiros armazéns de secos e molhados da cidade que funcionou na  Rua Minas  Gerais esquina com Maranhão,  onde hoje é a Farmácia Homeopática do Milton Sabino e posteriormente na Rua Brasil esquina com Minas Gerais(atual Destak Center),  dividia outro  banco com José Puzzo da “Casa Puzzo”, loja de armarinhos que funcionava na Rua Minas Gerais, enfrente o Sindicado dos Empregados no Comércio de Catanduva. Próximo deles, Natalino Antonio Corrêa, eterno presidente do mesmo Sindicato e   que chegou a ser vereador por uma legislatura, com o seu jeito bonachão e atencioso, dividia outro banco com o vizinho de muitos anos,  Sidnei Eduardo Pinfildi da “Casa Popular”, loja igualmente de armarinhos,  que era vizinha da “Casa Puzzo” e bem em frente ao Sindicato. Na parte dos fundos do ônibus Tide da loja de armarinhos do mesmo nome que funcionava na Rua Brasil esquina com Rua Aracaju, destacou a concorrência leal que mantinha com a “Casa Puzzo” e “Casa Popular”. O casal Kitcte Nakazone e Tió Aguena Nakazone, ele, juntamente com seu irmão,  por muito tempo donos de armazéns de secos e molhados na Rua Minas Gerais esquina com Rua Santos e ela cirurgiã dentista, se revelaram entusiasmados com a viagem.  Outros na parte dos fundos do ônibus que se apresentaram felizes foram os irmãos Valdir e Antonio Marassi, donos de armazéns de secos e molhados também na Rua Minas esquina com Rua Santos, em frente ao Nakazone e, também, donos do depósito de materiais para construção na Rua Pernambuco, ao lado do Laboratório do Dr. Lauro. João dos Santos, que por anos teve loja de calçados na Rua Minas Gerais(pai do Tito do Banespa), se apresentou,  o mesmo o fazendo o seu amigo de assento Jonas Ferreira Carvalho, que por décadas foi proprietário da loja de ferragens “Casa Ferreira” na rua Minas Gerais, próxima das lojas de armarinhos “Casa Popular” e “Casa Puzzo”. Por final, o Dr. Silvério Minervino Neto(Zezé Minervino), como advogado atuante que era, lembrou das inúmeras contendas jurídicas e se disse feliz por reencontrar  tantos amigos.   Com a turma completa,  a guia informou que os salgados e as bebidas poderiam ser servidos. Os homens  como de praxe optaram por cerveja, já,  as mulheres preferiram água e refri diete ou zero. Cid Castilho e  Haroldo Gondim Guimarães, sempre muito alegres e extrovertidos, se revezaram  na sessão causos e de piadas, cada um mais criativo e engraçado que o outro. Impossível não rir, principalmente da interpretação que davam vida aos personagens retratados, alguns reais e outros imaginários, desde portugueses (obviamente, não podiam faltar!), bêbados, fanhos, gagos, “bichinhas”, etc.. O tempo passou e chegou a hora da sobremesa. Todos cantaram “parabéns” para os aniversariantes, com direito a saborear uma fatia do delicioso bolo recheado de abacaxi(que delicia), confeccionado pelas irmãs Mazzi que, a esta altura já tinham chegado ao Rio. A madrugada avançou e o sono bateu forte,  quando então o silêncio reinou no  ônibus, quebrado apenas por um ou outro discreto ronco. A chegada à colônia teve uma recepção surpresa. De repente todos os   conterrâneos que somavam quase duas dezenas,  apareceram na entrada da Colônia para receber com abraços e sorrisos os novos veranistas. Esse gesto mostra o quão anfitrião e receptivo é o catanduvense. Difícil encontrar povo mais fidalgo, acolhedor e generoso, daí com muita propriedade,  o seu título de  “cidade feitiço” e que resultou no “Feitiço em Copacabana”. É por isso que Fuad Bauab, citando o seu companheiro rotariano e amigo, o professor baiano Anísio Borges, ambos no primeiro ônibus, sempre dizia – “Em Catanduva ninguém sofre sozinho”. Seguramente não, mesmo!              

                                                                 advogado tributário

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