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ARROLAMENTO


  9 de dezembro de 2019

ARROLAMENTO

                                                                                  José Carlos Buch

Arrolamento(segundo o dicionário: alistamento, catálogo, inventário, lista, relação, rol).  O ano está se esvaindo e a desgastada e estereotipada vinheta da Globo “hoje é um novo dia…”, cada vez menos interessante,  nos faz acreditar que 2020, o qual  está despontando e alvorecendo no horizonte, tende a ser melhor. Não custa acreditar! A bem da verdade, o ano que está se despedindo não foi fácil pra ninguém, sem contar as perdas de pessoas que nos eram caras, muitos prematuramente, interrompendo uma trajetória  quando a vida mais lhes floria. Para você que conseguiu chegar até aqui,  é o momento de acender o farol alto, o baixo e o de milha, simultaneamente,  e vislumbrar no  horizonte e no amanhã dias melhores e alguns poucos sonhos a serem realizados. Num momento de crise é preciso ser modesto até mesmo nos sonhos, não é mesmo? Mas não se esqueça, também,  de dar uma olhada no retrovisor da sua vida, principalmente desenrolando o filme que começou a rodar no dia primeiro de janeiro do ano em curso. Lembrando a música de Oswaldo Montenegro, faça uma lista dos principais fatos que marcaram a sua vida em 2019, ao final dê uma nota a você mesmo, lembrando que o dez, por melhor que você tenha sido, nunca deve ser a nota máxima a ser atribuída, logicamente  para não incorrer em cabotinismo. Nesse arrolamento da sua vida de um ano, verdadeiro demonstrativo de ganhos/conquistas e perdas/frustrações,  não podem  faltar os erros e falhas cometidos, os negócios frustrantes e os desacertos, as perdas de parentes e amigos, as decepções com as pessoas que nunca faltam, as dificuldades financeiras e perrengues no ambiente de trabalho, a decepção com o seu time de coração e o acaso –  para muitos  má sorte –,   que lhe proporcionou algumas surpresas não muito agradáveis. Pesquise em seu diário imaginário e virtual  o que faltou em sua vida neste ano, mas,  mais do que isso tente descobrir porque essa falta marcou tanto. Por outro lado, veja nos lançamentos da sua contabilidade de vida o que você conquistou, não só de bens materiais, mas também e principalmente aquele ativo intangível que não é físico e nem palpável, mas que é importante, desde lugares e pessoas que conheceu, reconhecimento profissional,  financeiro ou não, bens e direitos que adquiriu, novos amigos que surgiram e o seu saldo em banco, preferencialmente positivo para poder bancar todas aquelas indesejadas despesas compulsórias do mês de janeiro. Não esqueça também de revisar o seu acervo de ideias e projetos e nele comporta tudo, desde um objetivo profissional, uma startup que precisa sair do imaginário, uma viagem, um vício que precisa ser deixado de lado, um lugar que precisa conhecer, o carro que sonha trocar por um novo, e no pessoal, uma dedicação maior para a família. Ah, não também deixe de ignorar e esquecer por completo as muitas picuinhas e pequenos desaforos vivenciados, principalmente por aquelas pessoas próximas, pois,  isso não passa de raia miúda no universo de registros de um ano.  Na última linha desse seu arrolamento, veja para que lado o prato da balança pendeu mais e,  em quantas situações você colacionou momentos de felicidade com os de frustrações. Na dúvida, não adianta chamar o VAR, mas se os dois pratos estiverem no mesmo nível, ainda é tempo de virar esse jogo.  Ao final, analise  o saldo do seu arrolamento e atribua uma nota geral  à sua conduta como ser humano e em tudo o que realizou em 2019. Seja rigoroso com as conquistas e realizações e generoso com as frustrações e decepções, assim, a sua autoavaliação não corre o risco de se revelar um arquétipo daquilo que você não é. Feliz 2020!    

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