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CATANDUVAS QUE NÃO É A NOSSA…


  4 de novembro de 2021

                                                                  José Carlos Buch

O texto abaixo foi extraído do livro “Rondon, uma biografia”, escrita pelo norte americano Larry Rohter, editora Objetiva, página 360. Essa página do livro retrata o cenário no estado do Paraná na década de 20, com o surgimento da Coluna Prestes para confrontar as tropas do governo Arthur Bernardes, então  lideradas por Rondon que tinha uma lema “morrer se preciso for,  matar nunca”. A transcrição revela  um pouco da história e tem relação com o nome da nossa cidade. Apenas isso! “… bandeando para o lado governista ou simplesmente fugindo de Catanduvas e abandonando o confronto por completo. A quantidade, porém não era grande bastante para ser determinante, e, no início de 1925 Rondon ordenou que Catanduvas fosse sitiada. Três décadas antes, seu mentor Gomes Carneiro pereceu na defesa contra um cerco similar em Lapa, a cerca de 350 quilometros dali, agora Rondon posição oposta, prestes a assumir a ofensiva. Catanduvas era um povoado pequeno e relativamente novo, fundado nos primeiros anos da República como simples posto telegráfico. Localizado no extremo sudoeste do estado, não muito longe das cataratas do Iguaçu, originalmente era cercado de florestas de pinheiros: na língua tupi, “catanduvas” significa “lugar de mata dura”. Esta, contudo, fora arrastada para dar acesso à terra e se fixar na região e encorajar imigrantes alemães, italianos, poloneses e ucranianos a se fixar ali como colonos. Com o fim das florestas, restaram as planícies, que tornaram Catanduvas atraente para a principal força rebelde: qualquer força agressora, após atravessar a acidentada serra do Medeiros, ficaria visível a quilômetros de distância e a cidade poderia ser facilmente defendia da rede de trincheiras que os rebeldes haviam escavado e fortalecido. O fato de que Catanduvas e a região em torno eram densamente povoadas pelos “novos brasileiros”, isto é, imigrantes recém-chegados de rincões europeus oprimidos ou devastados pela guerra, representava para Rondon tanto um desafio quanto uma oportunidade. Os estrangeiros, alguns dos quais mal falando português, em sua maior parte ainda não haviam tomado partido no que viam como uma complicada rixa política cujas origens remontavam a muito antes de sua chegada ao país. Acima de tudo, eles queriam apenas ser deixados em paz e ter permissão para prosperar: se Rondon e seus homens eram vistos como forasteiros, o mesmo se dava com os rebeldes de São Paulo e do Rio Grande do Sul que lhes faziam oposição. Os colonos eram céticos em relação aos dois lados e não deviam lealdade a nenhum deles.”

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