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CORTESIA FAZ A DIFERENÇA, SEMPRE!


  2 de maio de 2013

CORTESIA FAZ A DIFERENÇA, SEMPRE!

                                                                 José Carlos Buch

Se você nunca deu atenção especial à pessoa que te serve à mesa, principalmente, garçom ou garçonete, seguramente você  está perdendo a  grande oportunidade de ser atendido de forma especial e, mais do que isso, de fazer a diferença, ainda que por um dia, na vida desse ser humano. Ano passado,  dois casais de catanduvenses,  foram passar uma semana no “Resort Gran Palladiun  Imbassai”,  na Costa dos Coqueiros, na Bahia. Antes tinham estado por dois dias no “Resort Iberostar”, na Praia do Forte, vizinho ao Imbassai. Assim, as circunstâncias fizeram com que num único pacote, tivessem a oportunidade de conhecer dois dos mais conhecidos resorts do litoral da  Bahia. Em ambos, as atendentes, com os seus uniformes típicos,  são recrutadas na região, o que é importante para economia local. Apesar de receberem um salário mínimo, são agradecidas pelo emprego que lhes é  assegurado com registro em carteira, praticamente o ano todo,  desde a instalação dos resorts no litoral baiano. Um detalhe que chama a atenção diz respeito ao biotipo das pessoas da região. Apesar de descendentes de negros, são de rosto bonito, nariz delgado e lábios delicados, o que as diferenciam da raça negra. Segundo a história registra,  a partir de 1849, para a Bahia vieram os africanos das diversas áreas e nações desde o atual Senegal à atual Angola, na costa ocidental, à costa oriental da atual Moçambique à atual Etiópia.  Histologia e biotipo à parte, o fato é que, foi no Palladiun Imbassai que duas dessas atendentes  chamaram a atenção dos dois casais. A primeira, de aproximadamente 30 anos,  alegre, festiva, sorridente e solícita os cativou desde o primeiro momento. Usava uma expressão carinhosa para festivamente os receber a cada refeição, indicando as mesas disponíveis que poderiam ocupar na parte na qual mais se identificaram no imenso e amplo restaurante. E mais do que isso, estava sempre próxima e à disposição para servir um ou outro suco, chá ou café que não eram encontrados no buffet. A cada encontro  perguntava quando iriam embora e lamentava a breve estada. Não é preciso dizer que acabou conquistando-os, muito mais pela empatia do que necessariamente pela gratificação, que no último dia lhe foi entregue,  em sinal de reconhecimento. A outra, muito jovem, chamou a atenção pela beleza singular, cujo rosto, delicado e suave, lembrava o de uma boneca. No primeiro contato pode-se perceber a sua simpatia, mas que escondia uma ou outra dificuldade na vida pessoal. Os casais veranistas,  nos breves contatos,  procuraram saber da sua vida pessoal,  demonstrando interesse em ouvi-la, coisa que poucos fazem nesse mundo maluco em que se vive. O simples fato de terem  dado atenção motivando-a a encarar as dificuldade e superá-las, veio em forma de retribuição com um atendimento especial e diferenciado. Mas, mais do que isso, ao vê-los, a cada refeição, se aproximava e  abria um sorriso alegre  que tornava ainda mais bonito o seu rosto jovial,  digno de uma gravura. No último dia de  estada, confessou que havia comentado com a sua mãe a atenção que havia sido  dado a ela desde o primeiro momento,  e que isso os fazia diferentes dos demais hóspedes. Como de praxe, também foi  gratificada quando da  despedida e,  mais uma vez se mostrou surpresa, pois raramente isso acontecia no resort que conta com 654 apartamentos e capacidade de hospedagem de mais de 1.300 pessoas. Seguramente, os dois casais por alguns momentos marcaram  a vida das duas personagens dessa história e, igualmente, também foram marcados por ela, tanto pela cortesia do atendimento,  como também pela história de lutas de cada uma que, sobrevivem com apenas um salário mínimo e,  mesmo assim encontram alegria para recepcionar e atender pessoas que, na maioria das vezes as ignoram.  Contudo, para àqueles que sabem valorizar e reconhecer a cortesia das pessoas, aplica-se o ensinamento de Santo Agostinho “O coração é a sede da memória.” E, nessa mesma linha, a lição de A. de Saint-Exupéry, extraído do magistral e insuperável livro “O pequeno príncipe” —  “O essencial é invisível aos olhos porque é para ser visto com o coração”. E, ser cortês é essencial, sempre.

                                                        advogado tributário

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