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CULTURA DE ALMANAQUE


  15 de abril de 2020

  CULTURA DE ALMANAQUE

                                                                                   José Carlos Buch

A coluna de hoje vai reviver um pouco daquelas notinhas que eram publicadas nos almanaques que eram distribuídos em farmácias em todo o final de ano. A propósito, poucos conhecem a história do surgimento do almanaque, então, porque não conhecer como essa publicação surgiu? Vamos à história: (1) Editados desde o século XIX, os ‘almanaques de farmácia’ foram publicações que,  durante décadas, promoveram e popularizaram as drogas medicinais e os artigos cosméticos que competiam em nosso mercado de saúde. Elaborados inicialmente por algumas das antigas ‘pharmacias’ de manipulação, passaram posteriormente a fazer parte do conjunto de estratégias publicitárias adotadas pela maioria dos modernos laboratórios químico-farmacêuticos para a promoção e comercialização de seus produtos. Neles, a publicidade era direta com uma linguagem às vezes dramática para anunciar produtos bem populares, como: Biotônico Fontoura(fortificante), Capivarol(para desânimo e falta de apetite), Elixir de Inhame(para purificar o sangue), xarope Bromil, Ankilostomina(vermífugo para tratar o amarelão), Pílulas de vida do Dr. Ross(regularizador da digestão),  etc.. Os mais famosos: Almanaque do Biotônico, de Tico Tico, Sadol, Bayer e até mesmo da Nestlé e,  até hoje podem ser encontrados em algumas farmácias mais tradicionais. Agora que você sabe um pouco dessa história,  prepare-se então  para mergulhar na verdadeira cultura de almanaque:  2)- Um dos primeiros pedidos de patente no Brasil de que se tem notícia aconteceu em 1822. Naquele ano, os inventores Luiz Louvain e Simão Clothe,  bolaram uma máquina para descascar café e pediam ao príncipe regente o “direito de invenção” para que apenas eles pudessem reproduzir a máquina. 3)- Há 120 anos, modelos da Daimler foram rebatizados de Mercédès em homenagem à primeira filha de um cônsul austríaco. 4)- A expressão “A escolha de Sofia”, muito em voga nos dias de hoje para explicar a dramática situação de alguns hospitais em colapso diante do Covid-10,   invoca a imposição de se tomar uma decisão difícil sob pressão e enorme sacrifício pessoal, como a vista no filme homônimo de 1982,  que valeu a Meryl Streep o Oscar de melhor atriz. A trama dirigida por Alan J. Pakula, a partir do romance de William Styron, conta a história de Sofia, uma polonesa que, sob acusação de contrabando, é presa com seus dois filhos pequenos, um menino e uma menina, no campo de concentração de Auschwitz durante a II Guerra. Um sádico oficial nazista dá a ela a opção de salvar apenas uma das crianças da execução, ou ambas morrerão, obrigando-a à terrível decisão. O trauma é relembrado por Sofia em 1947, quando ela, morando em Nova York e casada com um judeu americano, vive um triângulo amoroso com um aspirante a escritor. 5)- Apesar de tudo indicar que a bebida surgiu lá, ainda existe muita controvérsia ao que se refere a quem propriamente inventou o whisky. Algumas fontes históricas apontam claramente para os monges irlandeses, que desenvolviam a bebida nos seus mosteiros, como os primeiros produtores de whisky no mundo. Outras fontes, porém, atribuem a criação do whisky aos fazendeiros escoceses que moravam nas highlands e, lá, desenvolveram as primeiras garrafas da bebida. O certo é que Whisky,  vem do escocês gaélico uisge beatha, que quer dizer “água da vida”. A bebida tem seu registro histórico mais antigo datado de 1494, quando o rei James 4º da Escócia requereu malte suficiente para fabricar 1.500 garrafas de aqua vitae (“água da vida” em latim).  A força e a tradição da Escócia na produção de Whisky é tão grande que só se pode colocar no rótulo a denominação Scotch quando a bebida é fabricada exclusivamente no país. Nenhuma destilaria do mundo pode se utilizar deste nome, mesmo que importe o malte da Escócia. Ainda, para ser um autêntico Scotch Whisky, é preciso ser produzido a partir de água e cevada na qual somente grãos integrais de outros cereais podem ser adicionados. Outro detalhe importante é que somente levedura pode ser utilizada para a fermentação. O whisky deve permanecer em barris de carvalho por pelo menos 3 anos em um armazém na Escócia. O mínimo de volume alcoólico é 40%.  Então, que tal sonhar com uma Mercedes,  ler o almanaque 2020(se der sorte ainda poderá encontrar algum), saboreando um delicioso scotch? Aproveite o isolamento e não se esqueça – fique em casa –, essa é a melhor escolha.

Fontes: (1) http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702006000400012; (2) https://s.migalhas.com.br/S/1245D/?U=CB7FCB26_424; (3)- Estadão, capa, 12/04/20; (4) https://gauchazh.clicrbs.com.br/geral/noticia/2015/08/o-que-significa-a-expressao-a-escolha-de-sofia-usada-pelo-secretario-giovani-feltes-4822225.html; (5) https://chapiuski.com.br/historia-do-whisky/

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