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DONA DECA


  28 de junho de 2013

DONA DECA

                                                                 José Carlos Buch

Seguramente o tempo do Senhor não é o mesmo que o nosso. Tampouco não é difícil entender que Deus foi muito sábio ao unir Dr. Antônio, ousado, às vezes explosivo com a calma, a suavidade, a tolerância, a conciliação, o acolhimento e a delicadeza da sra.  Maria de Lourdes Ribeiro Porto Ruette – dona Deca. O resultado não poderia ser outro senão o equilíbrio e a harmonia que resultou num casal invejável, que conseguiu construir uma  vida em bases sólidas e inquebrantáveis,  tal como pirâmide e,  que perdurou por quase sete décadas. Juntos arrostaram as dificuldades, que não foram poucas,  e a superaram todas.   Recentemente dona Deca nos deixou, mas teve tempo de dizer Adeus ao eterno companheiro, que esteve sempre ao seu lado e, presente nos dias de internação hospitalar. Também teve a oportunidade de se despedir de todos os filhos e  netos e mais,   teve tempo ainda de conhecer o livro feito especialmente para ela, repleto de mensagens de familiares e amigos que com ela conviveram ou que puderam desfrutar da sua sabedoria e da sua amizade. Partiu como um sopro benfazejo de ventos acalentadores, com o espírito e  alma  preparados para continuar sua missão em outro plano, seguramente onde suas virtudes continuarão a ser úteis e indispensáveis.  Educadora por formação, galgou todos as escalas da carreira no magistério. Artista plástica de traços leves e marcantes  e escritora sublime, atividades que abraçou por diletantismo, deixou um legado de obras que por si a imortalizam com as pinturas e escritos,  próprio dos seres humanos iluminados a quem Deus confia também o dom da arte. Assim como o sol que,  com a intensidade da sua luz, tem a capacidade de esconder a luminosidade das estrelas durante o dia, mas nunca de apagá-las no espaço sideral, com a Deca não será diferente, pois não mais poderemos vê-la, mas ela nunca deixará de brilhar,  especialmente para aqueles que aprenderam a amá-la e admirá-la. A Deca deverá ser lembrada, não só  pelo legado que deixou, mas, sobretudo,  pela falta que já se faz presente e,  esta também será eterna para os que aqui ficaram convergindo para o vocábulo, intraduzível,  que só a nossa língua possui, que é a saudade.  Muitas são as formas de enaltecer as pessoas. Contudo, a mais singela é torná-las belas, no sentido mais amplo que esse vocábulo possa expressar. Bela, pela rica história de vida; pela família maravilhosa que conseguiu formar; pela delicadeza, generosidade e paciência; pelo  companheirismo e lições sábias; pelo ser humano singular e plural que consegue ser  ao mesmo tempo. A Deca reúne tudo isso e muito mais, pois seguramente,  é uma mulher que é tantas em uma só.  Para o amigo Dr. Antônio, os filhos Ricardo, Eduardo, Regina, Silvia e Carmen Lúcia, fica a mensagem extraída do filme “Corajosos”, na parte em que um pastor da igreja Batista tenta confortar Adam(personagem principal) e que, no filme, acabara de perder a filha Vitória de apenas sete anos: —“Eu ouvi muitas pessoas que perderam entes queridos dizer que de alguma forma é como aprender a viver com uma amputação. Você sara, mas nunca mais é o mesmo. Mas também ouvi dizer que,  aqueles que passam por isso e confiam no Senhor, acham um conforto e criam uma intimidade com Deus que a maioria das pessoas nunca experimenta. Deus não promete uma explicação, mas promete andar conosco na dor.”

                                                        advogado tributário

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