FESTAS TRADICIONAIS DA CIDADE – PARTE I
FESTAS TRADICIONAIS DA CIDADE – PARTE I
José Carlos Buch
Recentemente o tema “Festas Tradicionais da Cidade” foi objeto de um trabalho de pesquisa das alunas do terceiro ano do ensino fundamental da escola “Jesus Adolescente”. Digno de cumprimentos a louvável iniciativa da professora que teve a feliz ideia de lançar aos seus alunos o desafio de pesquisar e conhecer um pouco mais sobre festas que marcaram época em nossa cidade. É bem verdade que, uma ou outra festa ainda resiste ao tempo e acontece até hoje, talvez sem o mesmo brilho e glamour, mas nem por isso sem a mesma importância. Das festas tradicionais que deixaram de existir, é de se destacar: Carnaval de rua: considerado o melhor do interior – era o tempo da Rua Brasil acolhendo milhares de pessoas espremidas nas calçadas, desde a Praça 9 de Julho até a baixada, para assistir os desfiles dos carros alegóricos, das escolas de samba, do Chico Cano de Haro com a sua boneca maluca, dos blocos animados e dos tradicionais calhambeques e jeeps com motores roncando e manobras até irresponsáveis, mas não se tem noticias de único registro de acidentes. Imperava a alegria e as pessoas aguardavam a festa com muita ansiedade e que lotava os hotéis da cidade com visitantes e turistas. Baile de fantasias do Clube de Tênis de Catanduva: tradicional, abrilhantado sempre pela orquestra de Orlando Ferri, acontecia no domingo de carnaval, com a entrega da premiação na terça feira(último dia dos festejos). Era muito concorrido e de um glamour invejável. Afloravam a criatividade e o luxo das fantasias que desfilavam para uma comissão julgadora e deleite dos associados e foliões presentes. Concurso Bonequinha do Café: Criado pelo Prefeito Antonio Borelli no ano de 1955, era organizado pelo carnavalesco Osvaldo Franzini e coroava a mais linda mulata da cidade. O evento era muito prestigiado e a cada ano uma personalidade de destaque do cenário nacional era convidada para prestigiar a festa. Mario Américo, então massagista da Seleção Brasileira, foi um deles, dentre tantos outros. Acontecia normalmente no mês de maio, próximo do dia 13. No início o concurso era realizado no extinto Clube dos Bancários, passando para o Clube dos 300 e, nos últimos anos no SESC, quando no ano de 1983 deixou de existir. Baile da Asa: Realizado no Clube de Tênis até a década de sessenta pelo Aeroclube de Catanduva. Bastante concorrido reunia a “nata” da cidade com a coroação da rainha. Baile das Personalidades: Muito chique e glamoroso, era realizado pelos colunistas sociais Lourdinha Fávero e Claudiomar Couto, tendo como palco também o Clube de Tênis, com a conferência do troféu “Dr. Renato Bueno Neto” aos homenageados. Baile das Debutantes: acontecia também no Clube de Tênis. Contava sempre com a presença de uma personalidade em evidência do meio artístico e era organizado pelas senhoras da sociedade Eliana Galvão, Eremi Ceneviva Dantas, Gisele Bucchianeri e Euridice Dantas Bucchianeri. Um dos globais convidado foi o ator Lauro Corona que fez muito sucesso na novela Bete Balanço e que viria falecer de AIDS tempos depois, em 1989. Concurso Miss Catanduva: igualmente no Clube de Tênis, que levou Mariluce Facci a conquistar o título de Miss São Paulo, no ano de 1968, ano em que Martha Maria Cordeiro Vasconcellos foi eleita Miss Universo. Desfile cívico de 7 de Setembro: O Tiro de Guerra abria o desfile seguido por todas as escolas públicas da cidade, que também desfilavam pela Rua Brasil, com o encerramento sempre aguardado da premiada banda do Barão(campeã do estado), comandada pelo competente maestro e timoneiro Washington Luis Pereira. Tal como no carnaval a festa atraia milhares de pessoas. Baile do Bicho: Tradicional como o é até hoje, promovido pelos alunos da Faculdade de Medicina, voltado mais para o público universitário. Baile “Sinhá Moça”: Segundo o Clube dos Entas de Catanduva, o baile “Sinhá Moça” era um evento tradicional dos anos 50/60 que acontecia no mês de junho no Ginásio Catanduva. Era realizado na quadra “Roberto Mário Amaral Lima” que existia na Rua Aracaju nº 390, onde hoje está o edifício “Santa Cruz”. Era promovido pelos terceiros anos do Cursos Técnico em Contabilidade e Normal, para fazer caixa para a formatura do final do ano. (tem mais festa na coluna do próximo domingo)
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