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GAFES E MICOS DE VIAGEM


  16 de agosto de 2013

GAFES E MICOS  DE VIAGEM

                                                        José Carlos Buch

Não há quem não tenha cometido gafes e pagado micos em viagens. Seguramente cada um tem uma história, invariavelmente engraçada e hilária. Eis algumas: No aeroporto de Miami, nosso grupo aguardava na fila do portão designado a hora do embarque. No balcão,  uma jovem corpulenta de cor negra e uniforme impecável da American Airlines anunciou – “next, next”. O próximo da fila,  logo à minha frente,  um dos companheiros do grupo não se moveu e  o next foi repetido, até que ele falando em bom português disse – “meu nome é … e não é next”. Em 2012, num shopping em Santiago do Chile – um dos amigos do mesmo grupo,  com forte dor de barriga,  entrou na porta com a placa “evacuación” pensando se tratar do banheiro. Acabou dando de cara com a saída de emergência. Na mesma viagem, logo após o embarque,  um dos amigos cobriu os demais, que estavam sentados próximos uns dos outros,  com um cobertor na aeronave da Gol, fazendo uma cabaninha (brincadeira de criança). Os demais passageiros nada entenderem e,  os que entenderem caíram na risada, inclusive as comissárias de bordo. Ainda nessa viagem, na volta da estação de esqui do Vale Nevado, dois companheiros passaram mal por conta do chocolate quente servido na lanchonete da estação de esqui. Um com vômitos e o outro com uma baita dor de barriga. O jeito foi parar a Van no meio da íngreme montanha para que ambos se aliviassem atrás dos arbustos. A neve acumulada na montanha foi duplamente batizada — ainda bem que tinha papel higiênico a bordo! Ainda, na capital chilena, o grupo almoçava no quartel do Corpo de Bombeiros,  próximo ao Hotel,  por indicação do motorista da Van que era voluntário. A propósito,  o corpo de bombeiros no Chile é constituído de voluntários que são treinados e credenciados. Apenas os comandantes são militares. Um dos nossos companheiros encomendou e deixou vinte dólares para a dona do restaurante do quartel  adquirir um abridor de garrafas, igual ao que a casa possuía e  que deveria ser entregue no hotel. Como não havia tempo para aguardar a entrega em face horário do vôo, deixou um hóspede de Curitiba encarregado de recebê-lo e enviá-lo por Sedex,  quando retornasse à capital paranaense. O tal abridor de garrafas só chegou em Catanduva, quase seis meses depois, mas chegou! Na Copa América em 2011, em viagem pelo interior da Argentina, próximo à São Luis, à noite,  uma policial num posto rodoviário isolado numa estrada de pista simples,  deu ordem de parada para o amigo que conduzia a  Van Meriva em que o grupo viajava. Perplexo porque o veículo foi parado na pista já que não havia acostamento,   este indagou — “a senhora quer uma entrevista? — A policial ignorando-o, limitou a dizer — “Por favor, quiero mirar documentos do coche(auto) e tambien sus documentos”. Foi só gargalhada. Ao final, ao constatar que se tratavam de brasileiros,  ela foi muito gentil e amável, liberando o grupo sem qualquer problema. Na mesma viagem em Buenos Aires, uma parte do grupo parou num bar bem fuleiro, próximo da Avenida 9 de Julho,  e pediu uma botija de cerveja. Um integrante do grupo ao observar os copos aparentando ensebados exclamou —“isso vai dar boqueira!”—-. Todos riram, mas acabaram usando os tais copos, menos o atento observador que ficou sem beber cerveja e preferiu não correr o risco de pegar a tal boqueira. Ainda na mesma viagem, um dos companheiros contratou um plano de celular aqui no Brasil e, acessando o Google,  se orgulhava de dizer a posição na estrada onde o grupo se encontrava,  além de outras informações. Foi surpreendido pela operadora que, a certa altura,  informou que a conta já ultrapassava a dois mil reais, o que, aliás,  foi o que realmente a TIM cobrou. O valor foi recuperado em dobro,  por conta de decisão  judicial decorrente ação proposta contra a TIM que foi condenada por vender gato por lebre. O episódio deu origem ao artigo “TIMGANEI”.   Na mesma viagem, em Córdoba, no banheiro do Estádio Mario Kempes, um dos companheiros inadvertidamente  acabou fazendo xixi na ponta e parte do cachecol. Apesar do frio, o cachecol ficou enfeitando o tal banheiro que, aliás,  não era lá essas coisas em matéria de limpeza. Ainda em Córdoba, para se deslocar até o estádio, o grupo contratou dois táxis e  ambos os motoristas se comprometeram de, ao final do jogo, vir buscar o grupo. Um dos táxis deu o cano obrigando dois voluntariosos companheiros a retornar ao hotel de ônibus. Acabaram  chegando mais de uma hora depois  por conta do  busão ter parado bem distante do hotel. Do mesmo grupo,  em viagem à Europa com as esposas, um dos casais teve que comprar nova mala às pressas(a terceira) no Aeroporto de Barcelona para enquadrar uma delas no limite de 32 kilos e, assim, poder embarcar para Paris. Passado o nervosismo, o incidente virou gozação. Na mesma viagem, a única que estava desacompanhada do marido empurrava uma mala que quase tinha sua altura. A mala ficou conhecida pelo grupo  como guarda roupa de rodinhas. Um dos amigos do grupo, sozinho na Copa do Mundo da África do Sul em 2010,  ao pedir coca cola gelada  no restaurante do hotel, a garçonete perguntou – “Ice”—e ele respondeu sim. Acabou recebendo um enorme copo de puro gelo com apenas um fundinho de coca cola. Tirou lição  e nas  oportunidades seguintes  pedia sem ice, assim podia se servir do refrigerante gelado. Viajar é muito bom e, com um grupo de amigos descontraídos é melhor ainda. Viajar, além de proporcionar cultura, permite conhecer lugares, pessoas, costumes e,  logicamente, fazer  registros em fotos. Mas, tão importante quanto,  é o fato de  deixar lembranças inesquecíveis e memoráveis, sobretudo, marcadas por muitos micos(quem ainda não pagou?) e gafes cometidas. E, isso é uma das boas coisas da vida, não é mesmo?                                  

                                                        advogado tributário

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