O BATATEIRO QUE FOI ATACADO PELO SUPERMERCADOS
O BATATEIRO QUE FOI ATACADO PELO SUPERMERCADOS
RENATO RAMIRES
José Carlos Buch
Marquinha/Helinho 3564-1016
Seguramente em nenhum outro lugar, um rio e uma estrada de ferro foram tão historicamente marcantes ao dividir dois povoados e provocar tanta rivalidade e hostilidade entre ambos. Do lado norte Ibarra e do lado oposto, mais a sudeste, ___. A saga permaneceu mesmo após a emancipação, que politicamente uniu os lados, no ano de ___ e perdurou até a década de ____, quando praticamente desapareceu o bairrismo, até mesmo no futebol, vez que dois times amadores e rivais da cidade: Paulista(do lado sul) e Santa Isabel(do lado norte), praticamente deixaram de existir. Ainda hoje, um ou outro morador antigo ainda não hasteou a bandeira da paz
Ibarra – Igreja de
Santa Isabel – Santa
Médio volante com muita habilidade compunha junto com Nito Serafim, um meio de campo extraordinário do Paulista, que era imbatível jogando em casa, no seu estádio circundando por eucaliptos.
Em 24 de junho de 1.969, teve a iniciativa de fundar, bem no centro da cidade, mais precisamente na Rua Maranhão, nº 285, próxima da esquina com a Rua Pernambuco, vizinha da antiga sorveteria Cedal, a Cerealista Maranhão. Hoje esta empresa é um verdadeiro ícone na área de distribuição de produtos e supermercado e, de anos pra cá é muito comum ouvirmos em nossas casas, — “comprei no Maranhão” —- ou —- “lá no Maranhão tem!!!”. Para nós de Catanduva e certamente também para os moradores da vizinha Santa Adélia e mais recentemente, São José do Rio Preto, que juntos somam mais de 30 mil clientes, Maranhão é sinônimo de supermercado. Não menos diferente é o que acontece com 15 mil pequenos varejistas, compreendendo: supermercados, mercadinhos e quitandas, pulverizados em mais de 580 cidades, no Estado de São Paulo e Triângulo Mineiro que são visitados capilarmente. Essa extraordinária logística de distribuição faz com que 125 caminhões, desde as primeiras horas da madrugada, partindo de Catanduva ou de _______, trilham diferentes estradas para fazer com que os produtos alcancem os mais distantes clientes chegando até mesmo antes dos seus proprietários abrirem as portas. Para eles, “Maranhão”, não faz lembrar o estado do nordeste conhecido pelos currais políticos e o presídio das “Pedrinhas”, palco de barbáries e da decadência do estado, mas é sinônimo de atacado generalista e a certeza de pontualidade, regularidade, preço justo e qualidade de produtos. O nome “Maranhão” hoje é tão forte que fez a rua da cidade onde nasceu a empresa, mais popular que o próprio estado que lhe empresta o nome. Não é por acaso que a principal loja fica também sediada no início da Rua Maranhão. Se para os clientes, principamente da nossa cidade, Maranhão não é estado, mas é sinônimo de supermercado, é preciso lembrar que esse sucesso tem muito a ver com o seu slogan — “de coração aberto para você”—. Infelizmente o idealizador e fundador do Maranhão Sr. Renato Ramires, não estará presente no dia da comemoração de aniversário de 45 anos da empresa. Depois de lutar e conviver por longos anos com doença que o impedia de ser tão atuante quanto gostaria, acabou sucumbido por esta e partindo, no dia __ de ___ de 2013, para construir novo empreendimento nos planos de Deus e reencontrar velhos amigos de infância e de mocidade. Por certo, nunca o nome de um estado pobre da federação foi tão enaltecido no segmento nacional do atacado e distribuição de produtos e, ainda, no concorrido ramo de supermercados, como é o Maranhão. E, tudo isso graças ao trabalho de um homem que, sempre foi bom em tudo que fez; bom de bola; afável e dedicado à família; religioso e generoso; empreendedor e empresário bem sucedido
advogado tributário
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