O DIA QUE COMEÇARÁ O NOVO AMANHÃ
O DIA QUE COMEÇARÁ O NOVO AMANHÃ
José Carlos Buch
Imagine-se acordar no feriado do dia 1º de maio com a presidenta Dilma pegando as malas e voltando para Porto Alegre ou para o raio que a parta, deixando o Palácio da Alvorada(residência oficial da presidência) em carro também oficial rumo ao aeroporto. Imagine que, nessa altura do campeonato o ex-presidente Lula esteja preso e o processo movido contra ele, Marisa, Lulinha e companhia, tramitando na vara do juiz Sérgio Moro em Curitiba, recheado de tantas outras provas de falcatruas, principalmente envolvendo o mega e espúrio patrimônio do Lulinha. Imagine, ainda, o processo de cassação do presidente da Câmara Eduardo Cunha encontrar-se pautado para votação e as pesquisas indicando que ele, irreversivelmente, será o próximo a perder o cargo e provavelmente a ser preso. Imagine-se, finalmente, que o presidente do senado Renan Calheiros também está na alça da mira para ser cassado, completando a maior catarse nos poderes constituídos do país. Seria uma limpeza nunca vista antes, não é mesmo? Pelo sim, pelo não, uma coisa é certa, ao menos 50% dessas perspectivas tem grandes chances de se tornarem realidade e, oxalá, realmente se materializem com a maior brevidade possível. E aí você se pergunta – como será o país sem a Dilma? Não espere milagre, mas o estado de espírito, a confiança e a esperança serão outros. E aqui o substantivo esperança passa a ter sentido do verbo esperançar(lembrando o filósofo Mario Sérgio Cortella), que é o de acreditar que realmente algo de bom vai acontecer. Mas, voltemos ao dia 1º de maio, ao mesmo tempo em que a televisão, inclusive a maioria dos canais abertos, transmite ao vivo a despedida(já vai tarde!) da agora ex-presidenta, mostra também flash do Palácio do Jaburu, residência oficial do então presidente Michel Temer que será empossado pelo presidente do senado, em sessão conjunta das duas casas(Senado e Câmara Federal) prevista para o período da tarde. Na Globo News, os comentaristas políticos se arvoram em descrever o clima vivenciado no país e as perspectivas dos arranjos políticos para a governabilidade. O editorial na primeira página do jornal Folha de São Paulo, destacou a importância da coalização de todas as forças para tirar o país da entrópica, nefasta e trágica situação e restaurar a confiança na retomada do crescimento. A notícia é tão alvissareira que, no dia anterior, a bolsa havia fechado em alta e o dólar se estabilizado na casa dos R$3,50. Nas principais cidades o povo está indo para as ruas e a bandeira do Brasil nunca antes fora tão exaltada. Espoques de foguetes e rojões anunciam o clima de festa e de euforia das pessoas e das comunidades, principalmente da periferia, que também não foram poupadas pela irresponsável crise instalada no país. É a vitória da vontade do povo contra os desmandos e o descalabro; é a população repudiando as pedaladas, condenando a falta de governabilidade, execrando as manobras políticas e sorrateiras pra se manter no poder a qualquer custo e, principalmente, é o desejo realizado de uma nação inconformada com a corrupção sistêmica que se instalou no poder, capitaneado pelo PT. Com o novo governo que terá como primeira missão expurgar do poder todos os cargos confiados ao PT(em todos os escalões) e devolver a confiança, o país começará a retomar o seu caminho e todos passarão a acreditar que o pior já passou. Bom demais pra ser verdade, não é mesmo? Até que isso não se sucede, é hora de conjugar o verbo esperançar e acreditar, tendo a certeza de dias melhores, ainda que isso custe um pouco para chegar. Lembrando a música do compositor Antonio Maria(1921 – 1964), imortalizada na voz de Dolores Duran(1930 – 1959), – brasileiro profissão esperança -, sempre!
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