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O FUTURO É O PASSADO EM CONSTRUÇÃO


  30 de julho de 2012

O futuro é o passado em construção

                                                        José Carlos Buch

O Regional noticiou que nessa eleição, 195 são os  pretendentes ao  auspicioso e cobiçado cargo de vereador. É preciso lembrar que na sua nova formatação a Câmara contará, a partir do ano próximo ano,  com 13 cadeiras o que leva a concluir que são 15 concorrentes  para cada vaga(195 : 13). Esse número só é superado pelo índice do  vestibular da faculdade de medicina da Fundação “Padre Albino”  que é um dos mais concorridos da cidade e da região. Para um colégio eleitoral exatos de 81.916 eleitores, resulta que esse número, em tese,  corresponde a 420 votos para cada candidato.  Estima-se que a campanha para se eleger vereador, dependendo do partido, pode custar mais de R$100.000,00. Tomando-se o salário atual de um vereador que é de R$5.638,00, pode-se dizer que o eleito terá que trabalhar(!) por 18 meses para recuperar o investimento realizado. Mas,  partindo-se,  ainda,  dessa estimativa de custo da campanha e comparando-se com o número de votos médio(420), tem-se que cada voto custará R$238,00. É claro que para alguns candidatos(nem todos) o voto nada custará, pois participam do pleito apenas para gozar da licença remunerada do cargo público que exercem. Se a licença não fosse remunerada, certamente, poucos se aventurariam a concorrer. É o dinheiro público pagando a vadiagem — pode ser legal, mas convenhamos, é inequivocamente imoral. Outros, são candidatos idealistas que nada desembolsarão. Tem também aqueles que representam determinadas entidades ou ordem religiosa,  ex palhaço buscando a reeleição, porém, agora sem a cara pintada, mas com a mesma bizarrice na vida pública que o caracterizava na privada(!)  Alguns outros, tem os seu$ próprio$ ideai$,   mas, há ainda os que investem o ano inteiro em benesses. Importante, lembrar o que voto dos infelizes que o trocam por favores,  tem o mesmo valor do voto consciente e responsável do cidadão de bem  que quer o bem da cidade(a redundância é proposital). Democracia também é isso!  Enfim, os que estão dentro,  querem  permanecer, isto é, não querem largar o osso e, os que estão fora, querem a qualquer custo entrar e tomar parte no bolo. Se,  tal como antigamente o mandato não fosse remunerado,  seguramente o número de candidatos seria significantemente menor, pois poucos se aventurariam a trabalhar de graça para cidade, já que  de graça só mesmo a Graça de Deus.  De todo o modo,  o cenário está pronto e, à medida que o pleito se aproxima,  muitos dos 195 protagonistas certamente estarão presentes em tudo quanto é evento, tal como mariposa na luz, oferecendo prendas, peregrinando de mesa em mesa, dando tapinhas nas contas, distribuindo “santinhos” (que heresia?), freqüentando bares e pagando rodadas de cervejas, patrocinando campeonatos de truco e  estendendo a mão para cumprimentar até poste. Dos 195 pretendentes,  pouco mais de 6,5% terá a responsabilidade de, juntamente, com o(a) prefeito(a) eleito(a),  construir a nossa história, tal como brilhantemente o fez a atual administração que conseguiu fazer do futuro da cidade, um passado em construção. Oxalá essa máxima não seja interrompida ou saqueada. Como escreveu há mais de um século e meio John Beames(pensador Inglês 1837 – 1902): “Governar homens é um trabalho sublime. O mais nobre das ocupações… Embora talvez seja o mais difícil.” (P.S. A sábia  frase que dá título ao artigo é de autoria de um desconhecido pensador francês)                        

                                                        José Carlos Buch

                                                         advogado tributário

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