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O PAPA E A COPA DO MUNDO


  24 de novembro de 2022

A  Copa do Mundo do Qatar faz lembrar os preparativos para a realização das Olimpíadas, onde o país escolhido tem que dotar a cidade sede de toda a infraestrutura de logística, principalmente nas áreas de transporte, comunicação, segurança, serviços de apoio,  hospedagem, inclusive com a construção de uma vila para alojar todas as delegações e equipe técnica. Esses serviços demandam vultoso investimento, além é claro do planejamento e principalmente do tempo necessário –  não menos do que cinco anos. O Qatar, que conta com pouco mais de três milhões de habitantes é e menor do que a metade do estado de Sergipe(menor estado brasileiro),  há dez anos está se  mobilizando nesse sentido. A televisão tem mostrado isso à profusão, mas não tem exibido a vila especialmente construída para receber os visitantes, que é uma verdadeira cidade. Localizada na cidade de Al Wakrah, há 30 minutos do centro de Doha e onde está o estádio Al Janoub, que receberá sete jogos da Copa, incluindo um das oitavas de final, a vila tem tudo para ser tornar uma mini cidade. Conta com uma moderna avenida principal de três quilômetros  de extensão que é ladeada por quadras e ruas internas que as dividem, nas quais foram edificados conjunto de   prédios todos padronizados de três andares, cada um,   com unidades de apartamentos. São centenas de prédios e um total de 5 mil unidades de apartamentos. Cada unidade é dotada de duas camas de solteiro, dois armários pequenos, banheiro, cortinas, sistema de aquecimento, ar condicionado split e razoável espaço interno. Interessante é que existe uma cozinha para cada dois apartamentos. Esquisito né?  Terminada a Copa, todas as unidades serão vendidas para pessoas de menor poder aquisitivo – é o futebol fomentado o estado a cumprir a sua função social. Essas informações foram trazidas pelo Paulinho Simões, CEO da rede de restaurantes Paulinho´s Grill, que ocupa um dos apartamentos da vila.  Mas,  e o que Papa Francisco tem a ver com a Copa?  Nada e ao mesmo tempo muito. O Papa é torcedor do clube argentino San Lorenzo, fundado em 1908,  e costumava assistir os jogos do seu time no estádio  Estádio Pedro Bidegain, ​ popularmente chamado de El Nuevo Gasómetro,  desde muito cedo e, assim o fazendo até se tornar arcebispo. Na impossibilidade de ir ao estádio,  acompanhava os jogos pela televisão. Há 32  anos, mais precisamente desde o dia 15 de julho de 1990,  contudo,  deixou de assistir qualquer jogo de futebol pela TV e, até mesmo da sua querida seleção Argentina,   o que não o impede de acompanhar pelo rádio e pelos jornais. Difícil acreditar, mas há 32 anos o Papa fez uma promessa à Virgem Carmem de renunciar e abdicar de ver jogos pela TV, um dos seus maiores hobbies e entretenimento, se uma menina alcançasse a cura de grave enfermidade. Não é preciso dizer do resultado alcançado, não é mesmo?  E, aqui vai uma pergunta a você que é corinthiano, palmeirense, são-paulino ou santista, para citar somente os grandes times do nosso estado –  você faria isso pelo seu próximo?  Desde que se tornou Papa, quando dos jogos da seleção Argentina, sempre alguém da Guarda do Vaticano que é Suiça, assiste o jogo pela TV e faz um relato ao Papa para, assim, ele se manter informado. Essa história foi relatada pelo jornalista argentino Ariel Palácios(correspondente da Globo News em Bueno Aires), no encerramento do programa “Jornal das Dez”, do mesmo canal,  na última terça feira. A propósito, desde 1506 que a guarda do Vaticano é confiada à Guarda Suiça Pontifícia. Tudo teve início com o Papa Júlio II (o mesmo que encomendou o Moisés a Michelangelo, que mandou pintar o teto da Capela Sistina e que mandou construir a Via Giulia, que naquela época era a rua mais comprida de Roma, com 1 km de extensão), que confiou a sua segurança a um exército de mercenários suíços. Importante destacar que o uniforme da Guarda do Vaticano foi desenhado pelo próprio Michelangelo, tal como é até hoje. Fazendo um link entre a guarda do Vaticano com a Copa do Mundo, a televisão mostrou na abertura  a guarda real do emir Tamim bin Hamad al-Thani(substituiu o pai que abdicou em 2013),  montada em camelos e todos descalços. A diferença com a Guarda do Vaticano é abissal. Boa Copa a todos!!!    

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