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QUAL É A NOSSA IMPORTÂNCIA PARA O MUNDO


  31 de dezembro de 1969

 “Agir é sempre melhor que ficar parado” Roberto T. Kiyosaki  Em 2020 o Brasil terá uma população que deverá situar-se na casa dos 240 milhões de indivíduos. O mundo em 2050, se não houver infortúnios,  terá chegado à casa dos  8.5 bilhões de pessoas. É gente que não acaba mais e haja comida. O crescimento populacional nunca foi tão rápido como no século passado. Após milhões de anos, somente em 1830 o nosso planeta veio a conhecer a marca de 1 bilhão de pessoas. O dobro desta população demorou 97 anos para ser atingido(1927). Já o terceiro bilhão, levou apenas um terço desse tempo(33 anos) para ser alcançado, vindo a ocorrer em 1960. A partir daí, o planeta terra conheceu um crescimento  cada vez mais rápido. Em 1974 éramos 4 bilhões, 13 anos depois, em 1987 chegamos a 5 bilhões e,  em 1999, passados 12 anos, batemos à casa de 6 bilhões. Registre-se que Índia e China,  juntas,  abrigam 45% da população do mundo, com 1.650 e 1.100 milhões de pessoas, respectivamente. E mais,  a soma da riqueza das  três pessoas mais abastadas do planeta  é  superior ao PIB dos 48 países mais pobres que somados contabilizam 600 milhões de habitantes. É um disparate mas é a realidade. E o Brasil, como é que fica nesse caldeirão de números e qual é o seu papel.  Precisando gerar aproximadamente dois milhões de novos empregos por ano, qualquer coisa perto do crescimento de 4%,  o nosso país, caso não encontre a sua verdadeira vocação no contexto mundial, tenderá a mergulhar numa crise sem precedentes, capaz de ameaçar a relativa estabilidade de suas instituições. Para melhor compreender a performance do nosso país vamos tentar retalhar a nossa posição no ranking dos paises que mais cresceram nos últimos cem anos. No período de 1900 a  1973, nosso crescimento médio anual foi de 4,9%, levando-nos ao primeiro lugar no ranking mundial. A mesma análise no período de 1900 a 2000 não revela o mesmo resultado já que saltamos para o terceiro lugar com um crescimento médio anual de 4,5% – nada mal.  Contudo, ao analisarmos os nossos números no  período de 1983 a 2002, verificamos que nos deslocamos para 93º posição, com um crescimento médio anual de apenas 2,4% . Ora, se precisamos crescer 4% para absorver somente os nossos jovens que ingressam no mercado de trabalho a cada ano e estamos crescendo 2,4%, não é preciso ser nenhum “expert” em matemática ou arauto em economia  para concluir que a conta não fecha e sobram sempre, a cada ano, centenas de milhares de desempregados para povoar nossas ruas, praças, favelas, etc.. A equação não se constitui nenhuma novidade.  É preciso produzir para gerar divisas e empregos.  Divisas permitem pagar o serviço da dívida e se sobrar algum troco, investir. Emprego  gera renda que alavanca o comércio que, por sua vez, incrementa a indústria e, assim sucessivamente.  A questão é saber o que e para quem produzir. Penso que a resposta está nos seis bilhões de pessoas que precisam comer ao menos duas vezes ao dia. Logo, temos que produzir comida e vender para paises densamente povoados(China, Índia, Indonésia, etc). Para isso precisamos de duas coisas: aumentar a nossa área plantada, lembrando que exploração hoje mal alcança 1/3 parte das terras agricultáveis e por fim, desonerar da tributação dos nossos produtos destinados à exportação – alguém já falou que o mercado externo não compra tributos, mas sim produtos. Nesse aspecto vai aqui um registro. A carga tributária brasileira de 36% do PIB é igual a da Alemanha(36,4%), Canadá(35,2%) e Espanha(35,2%). A diferença é que nestes paises a sociedade recebe  tudo de volta em forma de serviços. Aqui, bem deixa pra lá. E mais, com um crescimento previsto de 4% o Brasil deveria situar-se na categoria dos paises que registram este crescimento, tais como Costa Rica, México, Tailândia e Chile, só que nestes países a carga tributária é, respectivamente, de 20,3%, 18,3%, 17,6% e 17,3%, enquanto que a nossa, como demonstrado, está batendo na casa de 36%. Resumo da ópera: arrecadamos como país de primeiro mundo e crescemos como de país em desenvolvimento, para não dizer de terceiro mundo. Para encerrar, vai aqui uma curiosidade: “A aquisição da Ilha de Manhattan é considerada uma das maiores pechinchas de todos os tempos. Nova York foi comprada por US$24 em badulaques e contas de vidro. Contudo, se esse US$24 tivessem sido investidos a juros de 8% ao ano, esse US$24 estariam valendo  mais de US$28  trilhões em 1995. Manhattan poderia ser recomprada e ainda sobraria dinheiro para comprar boa parte de Los Angeles, especialmente com os preços de imóveis vigentes em 1995.” (do livro Pai Rico, Pai Pobre,  pág. 136)

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