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QUERO VER VOCÊ NÃO CHORAR…


  31 de dezembro de 1969

QUERO VER VOCÊ NÃO CHORAR…                                                                      
José Carlos Buch 

É certo que já se escreveu praticamente tudo sobre a data magna da cristandade representada pelo Natal. Há quem diz  que todos temos dois natais. Um, que marca o nosso aniversário que, infalivelmente faz com que o ponteiro do tempo inicie uma nova jornada a cada ano, acumulando juventude e sabedoria. O Outro, que é o dia 25 de dezembro, diferente do difundido na mídia, deveria levar as pessoas a  refletir sobre a importância da fraternidade, humildade e ensinamentos deixados por AQUELE que é o maior líder(em todos os sentidos) de todos os tempos. Pena que, passados mais de dois mil anos, seu nome continua sendo explorado profusamente e inadequadamente por falsos profetas na busca vil de se enriquecer à custa da inocência e ignorância dos menos incautos. De todo o modo, o Natal nos remete a alguns comerciais inesquecíveis dos anos oitenta. Quem não se lembra do comercial do Banco Nacional imortalizado na música do compositor Edson Borges(Passarinho), interpretada por um coral de crianças — “Quero ver você não chorar, não olhar para trás, nem se arrepender do que faz. Quero ver o amor vencer, e se a dor nascer, você resistir e sorrir. Se você pode ser assim, tão enorme assim eu vou crer,que o Natal existe, e ninguém é triste, que no mundo há sempre amor. Bom Natal, um feliz Natal, muito amor e paz pra você, pra você.”, —  impossível não gostar e não se emocionar (para ver e ouvir o comercial acesse google – quero ver você não chorar).  Um  outro comercial, salvo engano  foi veiculado pela então TELESP ou Eletropaulo e mostrava uma rua deserta do centro velho de São Paulo numa noite escura, permeada de flash back com cenas de pessoas que trabalhavam enquanto milhões participavam da ceia. Eram telefonistas, médicos, bombeiros, enfermeiras, motoristas de ambulância, pessoal da manutenção de energia elétrica(pendurado em poste),  garçons, porteiros de prédios e tantos outros. É bem verdade que o Banco Nacional não mais existe, a TELESP virou Telefônica e a Eletropaulo mudou de mãos e ganhou AES antes da sua denominação, mas as imagens das mensagens nostálgicas deixadas pelo coral de crianças e dos plantonistas mostradas nos dois filmes continuam as mesmas, apenas os personagens são outros. Nós também certamente não somos os mesmos já que o atropelo do dia-a-dia e a evolução tecnológica(Internet, GPS, celular e TV digitais),  faz com que o Natal, que outrora demorava a chegar e era aguardando com tanta ansiedade, hoje ressurge tão rápido que sequer temos tempo de pensar na sua grandiosidade e importância. A alegria que se irradiava pela pureza e encantos  do Natal,  cedeu lugar às preocupações de presentear e consumir,  tornando os seres humanos em simples anônimos em meio à multidão que disputa atendimento nas lojas e shoppings  abarrotados e congestionados. Mesmo assim, Feliz Natal.                                                                                                                                       

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