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TONINHA, DA TOLERÂNCIA À GENEROSIDADE


  3 de maio de 2018

TONINHA, DA TOLERÂNCIA À GENEROSIDADE  

                                                                José Carlos Buch

A Cidinha Tambor Bueno, ainda muito triste e consternada, ao comentar a perda da amiga de tantos anos, disse algo sublime: – “Amiga é aquela pessoa que você pode simplesmente ficar calada, contar um fato triste ou alegre, desafogar mágoas e até mesmo chorar, mas sempre ouvirá uma palavra de alento,  de esperança e de fé” –. Dizem que a morte é solitária e que o caminho para o eterno está traçado e tatuado na alma de cada de um. Essa máxima pode ter sido escrita na pequena Pindorama com caneta tinteiro no tempo do mata borrão ou simplesmente na paradisíaca  “Tuia”  com caneta bic nos dias atuais. O fato é que, nos registros virtuais do livro dos justos,  o destino de cada um está consignado tal como numa bula de remédio onde está a data de fabricação e o vencimento. Desvendar esse mistério é algo que não está ao alcance dos homens e, é por isso que a morte é solitária e ao mesmo tempo democrática, pois ninguém pode barganhar ou ser substituído nessa derradeira missão. No último dia 24,  essa fatídica profecia chegou inesperada e surpreendentemente, como na maioria das vezes acontece,  para a Toninha Trida Tunda. Não se podia imaginar que,  ao se submeter a um procedimento pouco invasivo num dos mais conceituados e renomados hospitais de São Paulo e longe da sua bucólica Pindorama, a Toninha estava indo em direção à sua última viagem. Ao arrumar a pequena mala com o essencial para ficar dois ou três dias no hospital, mal sabia ela que estaria arrumando a mala para uma viagem sem volta e para a qual  prescinde-se de qualquer bagagem. Difícil entender e aceitar, mas o tempo do Senhor é diferente do nosso e, quase sempre não é possível sequer despedir-se na partida,  o que, de certa forma é sábio porque toda a despedida é sempre triste, dramática  e melancólica. Se o vazio  tomou de assalto o coração dos que ficaram, resta  a certeza que a Toninha nunca se foi. Sua presença está incrustada na alma de cada um que teve o privilégio e a sorte de desfrutar da sua obstinada bondade e do seu amor fraternal. Difícil saber onde terminava a generosidade e onde começava a tolerância e vice-versa. A límpida e rutilar  luz emanada da pureza da sua aura, conseguia se irradiar de tal forma que iluminava a todos, como bálsamo que faz a alma sorrir. Sua presença trazia  harmonia e paz a todos à sua volta. O corpo físico vencido pelo relógio de Deus se foi, mas não o seu legado que certamente estará gravado em letras garrafais na alma de cada um dos seus. E, para estes talvez possa ser um alento as palavras confortantes ditas por um pastor da Igreja Batista ao Adam,  personagem principal do filme “Corajosos” que,  no filme acabara de perder a filha Victória de apenas sete anos: – “Eu ouvi muitas pessoas que perderam ente querido dizer que de alguma forma é como aprender a viver com uma amputação. Você sara, mas nunca mais é o mesmo. Mas também ouvi dizer que,  aqueles que passam por isso e confiam no Senhor, acham um conforto e criam uma intimidade com Deus que a maioria das pessoas nunca experimenta. Deus não promete uma explicação, mas promete andar conosco na dor. –” Lá de cima ou de qualquer lugar onde esteja, a Toninha seguramente continuará transmitindo e irradiando centelhas de equilíbrio, de ponderação, de tolerância e de amor em abundância. Porque,  amor é o que mais transbordava do seu coração. Para o marido Sidney(Tico), os filhos Júnior, Carolina e Luiz, os netos Alicia, Sofia, Pedro, Barbara, Felipe, Gabriel e Júlia, o genro, as noras,  e ainda,  os inúmeros sobrinhos, sobrinhos netos  e incontáveis amigos que tiveram o privilégio de compartilhar de sua vida, ficaram as lembranças e uma indelével saudade  que faz do coração a sua morada eterna. Pindorama e todos os que a cercavam ficaram órfãos do real sentido do acolhimento, da harmonia,  da sensatez, do equilíbrio, da simplicidade, da amabilidade e tantas outras virtudes e predicados que Deus,  sem qualquer exagero,  conseguiu reunir numa única pessoa. Com certeza, estava faltando generosidade e tolerância no céu!        

                                                                  advogado tributário

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