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USHUAIA, O FIM DO MUNDO


  17 de março de 2011

USHUAIA, O FIM DO MUNDO

                                                                 José Carlos Buch

Se você acha que já conheceu lugares exóticos e marcantes, falta incluir no seu roteiro de viagens a histórica região da “terra do fogo” e logicamente Ushuaia, também conhecida como “La ciudad más austral del mundo(A cidade mais austral do mundo)”. Com temperatura média anual de 4,7º, a cidade foi fundada em 12 de outubro de 1884, por conta de uma colônia penal instalada em 1882, hoje transformada em  museu. Está localizada à beira do mar, em frente ao Canal de Beagle e ao sopé de montanhas cobertas de bosques,  da cordilheira dos Andes, e pelos férteis e belos vales glaciais. Embora integra o território argentino, não há como chegar até a cidade por via terrestre sem passar pelo Chile, que segundo alguns historiadores deveria ter o legitimo dominio sobre aquelas montanhas e planícies de clima temperado, de relevo e topografia indescretíveis e  rica em petróleo. Fazer um Cruzeiro por aquela região é algo inesquecível.  A fotografia registrada n` alma  não deixará esmaecer, por certo,  aquela região singular, onde se destaca a  cidade com 45 mil habitantes com as suas coloridas casas de madeira, clima hostil, que no verão tem como cenário, ao fundo, os montes Martial e Olivia, com os seus cumes envoltos em gelo que resistem ao vento cortante, sem deixar de formar pequenos rios com água cristalina e límpida que descem ladeira abaixo em pequenas fendas,  para irrigar a planicie. E, o que dizer de tomar um barco e, em menos de duas horas estar diante de uma bahia habitada por uma colonia de pinguins que se vestem de casaca para receber os visitantes. Nesse lugar, você pode ainda  se dar ao luxo de tomar whisky servido com gelo milinear coletado diretamente da montanha. Distante aproximadamente 100 kilometros da Antárdida, a região foi batizada como “Tierra del fuego” no relato da expedição do navegador português Fernão de Magalhães que, em 1520 ao cruzar pela primeira vez o estreito que leva o seu nome, se inspirou no grande número de fogueiras indígenas que brilhavam ao longo da costa. Segundo os moradores de Ushuaia, que sobrevivem da pesca e do turismo, no verão o sol se põe às 23 horas e sai às 4 da manhã;  já,  no inverno o dia só tem 5 ou 6 horas de luz e a temperatura cai abaixo de zero grau. Cruzar o estreito de Magalhães, o  cabo de Hornos e o canal Beagle, navegando calmamente pelas águas azuis reluzentes do Pacífico e adentrar as águas esverdeadas, tal com esmeraldas não lapidadas,  do Atlântico, onde as montanhas salpicadas de gelo convivem harmoniosamente com os oceanos,   é algo que perpassa o imaginável e onde  a exuberância e o indescritível se confundem, diante de tanta beleza. Por certo, trata-se de mais uma obra pintada e criada por Deus, feita para ser contemplada e guardada indelevelmente na imaginação e n`alma. Tomara que predador bicho homem não vá além de contemplar tamanha beleza do convés dos navios, pois fazendo uma analogia do que alguém disse um dia referindo-se à caverna: “Da região não se tira nada,  a não ser fotografias. Nada se mata, a não ser o tempo. Nada se deixa, a não  ser as pegadas nos lugares certos. E, finalmente,  nada se leva a não ser a saudade”                  

                                                      advogado tributário

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