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VOTO NÃO TEM PREÇO, TEM CONSEGUÊNCIAS


  31 de dezembro de 1969

VOTO NÃO TEM PREÇO, TEM CONSEQUÊNCIA

É possível que esses apontamentos não atinjam àqueles que dele deveriam tomar conhecimento em face às limitações próprias da mídia impressa. De todo o modo, é indispensável refletir sobre a importância do voto como instrumento de consolidação do estado democrático de direito. É de causar tristeza e repulsa, principalmente nessa época de eleição, verdadeira romaria à espera de candidatos a vereadores nos seus comitês, com pedidos estapafúrdios e abomináveis, próprio da ignorância de pessoas oportunistas que pretendem trocar o seu voto, pelo aviamento de uma receita médica ou o pagamento de um carnet do baú da “felicidade”, de uma conta de água e de energia elétrica, atrasados, ou ainda  a espera de obter recursos para  um orçamento de material de construção e até mesmo aquisição de dentadura. E, o pior de tudo é que, se existem pessoas que buscam esse tipo de negociata, é porque existem candidatos que se propõe a isso. Tão déspota e nefasto quanto o eleitor é o candidato que se presta a trocar favoRe$ por voto. Tenho um amigo,  eleito vereador no século  passado com expressiva votação, que ainda mantém arquivado os esdrúxulos e estapafúrdios pedidos feitos por “eleitores” que se propunham a barganhar votos. Os tempos são outros, mas os pedidos e a ignorância continuam os mesmos. E a propaganda política em carro de som? Concorrendo com o anúncio de espetáculo de circo, os nossos candidatos imaginam que o ouvido das pessoas é paiol. Os que residem ou trabalham no centro da cidade são as maiores vítimas. Para muitos candidatos,  política e circo não têm diferença. Esquecem que o voto, pode ser também cotonete que, neste caso, servirá, para abrir os olhos do eleitor que certamente vai dar o troco nas urnas.  Afinal, quem agride os tímpanos e não respeita o sagrado direito ao silêncio do eleitor, não merece representá-lo. De todo o modo, voto não preço, tem conseqüências que duram longos quatro anos, tempo suficiente para a cidade perder o bonde da história e a oportunidade de eleger pessoas sérias. Pense nisso! P.S. Segundo prognóstico do IABP-Instituto dos amigos do bate papo, a salvo de qualquer suspeita,  nossa cidade terá um total de 60.000 votos válidos. Destes, no mínimo 50% serão destinados ao candidato que será eleito prefeito; 35% no máximo ao segundo colocado e os 15% remanescentes, aos dois últimos candidatos. E mais, o mesmo instituto prevê  que alguns vereadores terão votação superior ao candidato a prefeito que será o menos votado.  A conferir!                                                             
José Carlos Buch

advogado tributário

www.buchadvocacia.com.br   

colaborador do Notícia da Manhã

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