Telefone:
(17) 3522-1198
Endereço:
Rua Ceará, 341 - Catanduva-SP

ZEZINHO, O PRIMEIRO…


  31 de dezembro de 1969

ZEZINHO, O PRIMEIRO…                                                                   * José Carlos Buch  “Este filme é dedicado a José de Almeida Leite, “ZEZINHO” (* 1994  + 2003), a primeira criança a receber a visita dos voluntários do projeto “Dr. Sara & Cura” e eleito mascote do projeto.” As mais de trezentas e cinqüenta pessoas que tiveram o privilégio de participar do impecável e irreparável “Baile do Centenário do Rotary” no último dia 25, no Clube de Tênis de Catanduva,  se emocionaram e, muitos aplaudiram de pé o filme instituticional mostrando o projeto “Dr. Sara & Cura”, realizado com muito profissionalismo e esmero pelo Ernestinho da Provideo e que termina com a dedicatória acima, tendo ao fundo a foto do Zezinho.  Mas, afinal quem foi Zezinho e o que ele representa para os voluntários do projeto “Dr. Sara & Cura.”? Sua história é singela como singela foi a sua curta existência entre nós, apenas 9 anos. Ao nascer em dezembro de 1994, foi abandonado pelos pais, provavelmente em face ser portador de hidrocefalia. Adotado, sobretudo, pelas enfermeiras da pediatria do Hospital “Padre Albino” acabou ganhando seu berço, seus brinquedos e seus parcos pertences,  alojando-se num cantinho improvisado na parte dos fundos do posto de atendimento localizado no segundo andar. Ali, cercado de muito, mas muito carinho, contemplava seu pequeno mundo que não ia além das paredes do velho nosocômio. Em 12 de maço de 1998 quando os voluntários do projeto “Dr. Sara & Cura” pela vez primeira adentravam a pediatria do hospital, depararam com Zezinho, então com pouco mais de três anos de idade. A empatia foi recíproca. Os olhinhos luminosos e o semblante alegre  do Zezinho diziam mais do que as palavras que ele nunca conseguiu pronunciar. Nascia ai uma relação de cumplicidade e  magia  que transcende à lógica e o explicável e   que perduraria até o momento que alguém inexplicavelmente tomou a iniciativa de remover o Zezinho para uma outra cidade, para um hospital que se dizia dotado de ambiente mais arejado e confortável.     De lá pouco mais de seis meses depois Zezinho retornou num pequeno caixãozinho branco. Quem o viu pela última vez  afirma que parecia um anjo a dar Adeus àqueles que o acolheram na sua breve existência. Quem determinou a transferência para outra cidade, provavelmente desconhecia que O Zezinho, muito mais do que um local arejado e confortável dependia de um lenitivo essencial, insubstituível e indispensável para a sua subsistência composto de dois ingredientes básicos – carinho e afeto – e estes só eram encontrados em Catanduva, irradiados das enfermeiras que o cercavam na pediatria do HPA e produzidos pelas brincadeiras dos voluntários do projeto “Dr. Sara & Cura.”    O Zezinho não deixou somente  saudade, porque a saudade se esmaece e acaba esquecida nas prateleiras do tempo. Deixou, sobretudo, o compromisso de que não faltará um pouco de alegria aos “Zezinhos” e “Mariazinhas” internados na pediatria do hospital “Padre Albino”, enquanto o projeto “Dr. Sara & Cura” existir. E ele certamente haverá de existir por muito tempo.        P.S. homenagens às coordenadoras e voluntários  do projeto “Dr. Sara & Cura”,  exemplo de trabalho humanitário e de cidadania, que neste dia 12 de março completa 7 anos de existência.    

* advogado tributário, membro da  Academia Brasileira de Direito Tributário, diretor jurídico da ACE, fundador do projeto  “Dr.Sara & Cura.”, colaborador do jornal “Notícia da Manhã”.                                                                          e.mail: buch@netsite.com.br

Top